A profundidade histórica do atraso português

Na sequência do texto de Fernando Rosas no P2 sobre a polémica que envolveu a intervenção de Nuno Palma na convenção do Movimento Europa e Liberdade, o professor de Economia na Universidade de Manchester responde aos argumentos do historiador.

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Ilustração da primeira página do jornal satírico A Paródia (1900-1907) de 10 de Dezembro de 1903, fundado por Rafael Bordalo Pinheiro (1846-1905)

Fernando Rosas merece os parabéns por elevar o debate sobre as causas do atraso português acima do nível infantil em que vários políticos o têm tentado colocar. Rosas reconhece que “no pós-guerra (…) a economia regista um crescimento sem precedentes. Será, na história recente do país (…) o período em que se verificou uma aproximação real em relação às outras economias do Ocidente europeu”. Quanto eu disse isto no MEL, fui acusado de estar a defender “as virtudes do regime fascista em Portugal” (eurodeputado Pedro Marques), de ser “simpatizante da ditadura” (deputado e secretário-geral da Juventude Socialista) e de estar a “branquear o Estado Novo” (líder parlamentar do PS). Será que Fernando Rosas também virá a ser alvo das mesmas acusações? O texto de Rosas, ao afastar-se deste tenebroso obscurantismo anticientífico, é suficientemente rico para merecer uma resposta, ainda que não tenha conseguido deixar de lado lamentáveis insinuações e julgamentos de intenção.

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