Groundforce sem condições para “acorrer a todas as exigências”, diz Casimiro

Alfredo Casimiro, principal accionista e presidente da empresa, diz que se começam a sentir “os primeiros impactos” do pedido para declaração de insolvência efectuado pela TAP.

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Empresa conta com cerca de 2400 trabalhadores Adriano Miranda

A administração da Groundforce diz que o pedido de insolvência levou fornecedores a pedirem o pagamento antecipado ou a pronto, e que a empresa “não tem condições para acorrer a todas as exigências sem pôr em risco outras responsabilidades”.

Numa comunicação aos trabalhadores, a que a Lusa teve acesso, o presidente do conselho de administração da Groundforce, Alfredo Casimiro, diz que se começam a sentir “os primeiros impactos” do pedido para declaração de insolvência da SPdH (que opera sob a marca Groundforce), apresentado pela TAP (accionista com 49,9%), enquanto credora, na passada segunda-feira.

“Além de uma chuva de pedidos de esclarecimento, vários [fornecedores] informaram-nos que nos suspenderiam fornecimentos adicionais, excepto se a Groundforce pagasse antecipadamente ou a pronto (ou saldasse toda a dívida já vencida)”, refere o administrador e accionista maioritário da empresa de handling (assistência nos aeroportos).

Segundo Alfredo Casimiro, “a Groundforce não tem condições no curto prazo para acorrer a todas as exigências dos seus fornecedores sem pôr em risco outras responsabilidades”.

“Assumimos um compromisso com os trabalhadores para o mês de Maio e tudo faremos para o cumprir. Não escondo que este pedido para declaração de insolvência não contribui em nada para esse objectivo porque não poderemos evitar algumas saídas de caixa para manter a operação”, acrescenta o empresário.

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