Benfica, Tondela e duas formas diferentes de olhar para a Europa

É em contexto europeu que estas duas equipas se defrontam nesta sexta-feira (19h, SPTV), em partida da jornada 30 da I Liga. E estão ambas em modo “caçador”.

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Benfica e Tondela em duelo na I Liga LUSA/MIGUEL A. LOPES

Benfica em terceiro lugar, a quatro pontos de garantir directamente um lugar na Europa de primeira categoria – a Champions. Tondela na nona posição, a três pontos de um lugar no acesso à Europa de terceira – a novíssima Conference League, a estrear em 2021/22.

É em contexto europeu que estas duas equipas se defrontam nesta sexta-feira (19h, SPTV), em partida da jornada 30 da I Liga. E estão ambas em modo “caçador”. O Benfica quer apanhar o FC Porto, enquanto o Tondela quer chegar ao Vitória de Guimarães, passando, no caminho, por Moreirense e Santa Clara. Apesar das semelhanças na avidez perseguidora de uma vaga na Europa, Benfica e Tondela vivem momentos mentais amplamente distintos.

Os beirões são, em Abril, a terceira equipa mais forte do campeonato, com dez pontos, só superados pelos 12 do Benfica e 13 do FC Porto. Seguem com apenas uma derrota nos últimos seis jogos (frente ao FC Porto) e estão, por estranho que pareça, já longe da luta pela permanência – e isso, para o habitualmente aflito Tondela, sempre feliz em “photo-finish”, já é um feito e tanto.

O Benfica vive um momento mental oposto. Jorge Jesus argumentou recentemente que só a covid-19 impediu os “encarnados” de estarem na luta pelo título, mas a equipa teima em contrariar o treinador: perdeu frente ao Gil Vicente, há duas jornadas, e fez uma exibição medíocre no triunfo caseiro (2-1) frente ao Santa Clara – jogo em que os açorianos remataram muito mais e criaram mais perigo.

Em Tondela, é quase certo que haverá um Benfica “mandão” e um Tondela territorialmente subjugado. O que falta saber é se o Benfica mandará apenas na posse, como fez frente ao Santa Clara, ou se o traduzirá em oportunidades de golo, como já fez noutras partidas mais bem conseguidas.

Do lado do Tondela não há grandes dúvidas: deverá haver bloco baixo, critério de João Pedro na saída e três atacantes capazes no um contra um e na profundidade: Rafael Barbosa/Salvador Agra, Jhon Murillo e o goleador Mario González (sete golos nos últimos seis jogos).

Na antevisão da partida, Jorge Jesus, treinador do Benfica, elogiou estas valências do adversário. “O trio da frente, composto por Murillo, Mario González e Agra, tem jogadores com muita velocidade para ganhar o espaço aos adversários no contra-golpe. Está identificada a mais-valia da equipa do Tondela”.

Já Pako Ayestarán, técnico espanhol do Tondela, garantiu que não quer uma equipa a desfazer-se rapidamente da bola, mas reconheceu que será, sobretudo, um jogo de transições. “Sabemos que é difícil [ter posse de bola] e, provavelmente, não acontecerá, mas vamos tratar de conseguir. Mas temos de ser capazes de detectar quando eles perdem posição e em que momentos a nossa transição lhes pode fazer danos. Creio que neste tipo de jogos vamos ter mais oportunidades em transição de que em jogo posicional”.

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