Jorge Jesus quer árbitros e polícias mais autoritários

O técnico dos “encarnados” reflectiu sobre a recente agressão a um repórter da TVI, alargando o pensamento ao futebol jogado no relvado.

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Jorge Jesus, treinador do Benfica LUSA/MARIO CRUZ

Jorge Jesus, treinador do Benfica, defende que o futebol português e a sociedade sofrem, actualmente, do mesmo problema: falta de atitude das figuras de autoridade. Referindo-se em concreto aos árbitros e aos polícias, o técnico dos “encarnados” reflectiu sobre a recente agressão a um repórter da TVI, alargando o pensamento ao futebol jogado no relvado.

“As pessoas que têm o poder de tomar decisões estão a perder autoridade. Se eu for polícia, deixo as coisas acontecer, porque tomo a atitude e ainda acabo prejudicado. Então eu é que tomo a atitude e sou despedido? Hoje isto está assim, então é o ‘deixa andar'”, apontou, nesta quinta-feira, na conferência de imprensa de antevisão do jogo frente ao Tondela (sexta-feira, 19h).

E alargou ao futebol: “Não há muitos anos, só o treinador podia falar no banco. Hoje, falam todos os jogadores, o roupeiro, o médico, até o gato se levanta no banco. Desde que não há público, toda a gente acha que tem a opinião e que deve interferir no jogo. A mesma coisa no jogo. Antigamente, só o capitão é que se poderia dirigir ao árbitro. Hoje, não. Todos os jogadores se dirigem ao árbitro. O árbitro não tem autoridade nenhuma porque não quer. Tem que se assumir. Quem não quiser, vai para a rua. Tão fácil quanto isto”.

Sobre a partida, Jesus apontou o perigo do trio atacante dos beirões. “O trio da frente, composto por Murillo, Mario González e Agra, tem jogadores com muita velocidade, velocidade de excepção, para ganhar o espaço aos adversários no contra-golpe. Está identificada a mais-valia da equipa do Tondela. Temos de preparar-nos para esse momento do jogo”, detalhou.

O treinador do Benfica abordou ainda a possibilidade de chegar ao segundo lugar do campeonato. Para Jesus, ainda é possível. "Faltando cinco jogos, claro que acreditamos. Tendo ainda um jogo de luta directa com o FC Porto, acreditamos que temos todas as possibilidades de poder recuperar. Faltam cinco jogos, não temos créditos em termos de perder pontos e acreditamos que essa possibilidade se mantém e passa pelo jogo do Tondela. Só os três pontos é que nos interessam”, afirmou.

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