Benfica perde no Estádio da Luz com o Gil Vicente

Os “encarnados” correm o risco de ser apanhados no terceiro lugar pelo Sp. Braga.

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Jorge Jesus viu o Benfica jogar mal na Luz e perder LUSA/MÁRIO CRUZ

O Benfica voltou a tombar. A jogar em casa e depois de uma série de resultados positivos, os “encarnados” foram neste sábado derrotados pelo Gil Vicente por 2-1 e regressaram aos maus resultados e às más exibições, correndo o risco de não se apurarem de forma directa para a próxima edição da Liga dos Campeões.

A goleada de 5-0 ao Paços de Ferreira na jornada anterior, aliada aos seis jogos consecutivos a vencer e sem sofrer golos no campeonato levaram Jorge Jesus a elevar a fasquia, antes do embate contra os gilistas. Confiante, o treinador do Benfica falou mesmo em chegar ao segundo lugar. E, de facto, em caso de triunfo sobre o Gil Vicente, os benfiquistas teriam colocado um pouco mais de pressão ao FC Porto, que veria as “águias” igualarem sua a pontuação.

Só que a série de bons resultados recentes dos homens da Luz, em vez de ter funcionado como catalizador para uma exibição empolgante, acabou deslumbrar uma equipa que regrediu várias jornadas em termos de qualidade exibicional. O resultado, foi uma derrota merecida e, em termos de classificação, o risco de deixarem de dependerem apenas de si para chegar à fase de grupos da próxima Champions.

O Benfica iniciou a partida com o mesmo esquema táctico (três defesas centrais) e o mesmo “onze” que, na jornada anterior, tinha goleado no terreno do Paços de Ferreira. Mas desperdiçou toda a primeira parte.

Sem velocidade, sem acutilância e com o Gil Vicente a ter a capacidade de defender com as suas linhas muito avançadas, o Benfica foi inconsequente durante os primeiros 45 minutos, demonstrando grandes dificuldades na construção de jogo.

Com um esquema de três centrais que, teoricamente, inclina a equipa para a frente, o Benfica não foi capaz de empurrar o seu adversário para junto da sua área. E isto muito por causa da ineficácia das suas laterais, que raramente funcionaram como elementos ofensivos. O resultado foi um jogo muito afunilado e previsível pelo centro do relvado onde o Gil Vicente até tinha superioridade numérica.

Para além disso, a defender longe da sua baliza, os gilistas conseguiam sair com perigo e rapidamente se aproximavam da área do Benfica.

E foi precisamente num desses lances que o Gil Vicente inaugurou o marcador, num contra-ataque bem finalizado por Leauty (35’), numa altura em que os gilistas tinham mais remates e cantos do que os homens da casa.

Até ao intervalo o Benfica nunca incomodou Denis e vários jogadores do Benfica jogavam a um nível inaceitável. Waldschmidt passou completamente ao lado do jogo, Taarabt foi, na maior parte das vezes, inconsequente, apesar de esforçado. Grimaldo e Diogo Gonçalves também raramente desequilibraram nas alas e Seferovic cedo demonstrou que estaria num daqueles dias perdulários que desesperam os adeptos benfiquistas.

No segundo tempo, Jesus alterou o “onze”, modificou o esquema táctico e montou a equipa no seu mais tradicional 4x4x2. O Benfica melhorou alguma coisa, em especial graças às movimentações de Rafa, mas foram escassas as ocasiões de golo. Seferovic foi o esbanjador de serviço.

Já o Gil Vicente adaptou-se à nova realidade, recuou as suas linhas mas manteve os olhos na baliza de Helton Leite. E depois de um primeiro aviso de Lourency, o brasileiro fez mesmo o 2-0, já dentro dos últimos 10 minutos.

O resultado estava feito e o melhor que o Benfica conseguiu foi reduzir graças a um autogolo de Vítor Carvalho após defesa incompleta do guarda-redes Denis, a três minutos os 90.

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