Rui Nabeiro, entre o real e o irreal, por José Luís Peixoto

Almoço de Domingo é o romance em que o Prémio José Saramago 2001 se quis meter na cabeça de um homem de 90 anos. Para isso teve a ajuda do empresário de Campo Maior cuja vida, aquela que já viveu desde 1931 até 2021, o tem levado muito longe sem nunca esquecer as origens. O escritor volta a trabalhar o real e o ficcional e este livro tem quase “uma ligação umbilical” com o seu romance anterior, Autobiografia.

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ANTÓNIO CARRAPATO/Arquivo

“Tudo pode ser um tema”, está a dizer-nos José Luís Peixoto, numa conversa telefónica com o Ípsilon, pouco mais de uma semana depois de o romance Almoço de Domingo (ed. Quetzal) estar nas livrarias e ter chegado ao primeiro lugar nas listas dos livros mais vendidos na Fnac e na Wook. “Quando temos uma fonte como esta, podemos utilizá-la para expormos as nossas questões. Foi um pouco isso que fiz com este livro também”. Está a referir-se ao empresário Rui Nabeiro, que nasceu a 28 de Março de 1931, em Campo Maior. Foi por causa de ter visto Peixoto, num programa de televisão, falar sobre o seu romance Autobiografia (ed. Quetzal), em que José Saramago é uma das personagens, que o fundador do grupo Nabeiro-Delta Cafés contactou há dois anos o escritor para lhe fazer uma proposta.

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