O grave não é a demissão do sr. Ramos – é a sua escolha

Quando se vai buscar para líder da operação mais importante da década um coleccionador de secretarias de Estado do PS, com uma cabeça estruturalmente partidária, paga-se o preço.

Francisco Ramos apresentou a sua demissão esta quarta-feira, e há duas coisas a lamentar. 1) Não se ter demitido há mais tempo. 2) Ter sido escolhido em Novembro para liderar uma missão desta importância quando não tinha nem perfil nem capacidade para isso. Se o atraso na demissão é da sua exclusiva responsabilidade, a responsabilidade pela sua escolha é de quem assina o despacho de nomeação. A saber: o ministro da Defesa, João Gomes Cravinho; o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita; e a ministra da Saúde, Marta Temido. Todos eles falharam brutalmente na identificação do perfil certo para coordenar a task force da vacinação – e, acima de todos eles, o primeiro-ministro, último responsável por uma nomeação desta importância.

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