PSD acusa Administração Interna de amadorismo e desleixo

Principal partido da oposição contra as medidas de confinamento decretadas pelo Governo.

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David Justino com Rui Rio Paulo Pimenta

O Ministério da Administração Interna (MAI) foi o principal alvo de uma declaração de David Justino, vice-presidente do PSD, na manhã desta segunda-feira. “O MAI foi amador e desleixado”, disse o dirigente político.

“Depois de ter esperado duas horas para votar, o ministro da Administração Interna disse que tudo correu bem. Conseguir ver alegria como nas primeiras eleições democráticas é expor-se ao ridículo”, considerou.

O vice-presidente do PSD atacou, depois, o executivo. “O Governo não pode contribuir para a desmobilização dos eleitores, que aprenda com o que aconteceu”, sublinhou, referindo-se às filas na ida às urnas dos eleitores que optaram pelo voto antecipado em mobilidade.

“As próximas eleições são um momento único da democracia”, destacou, apelando ao voto. Classificando tão irresponsáveis os ataques de alguns candidatos como o desleixo e a desvalorização na preparação do acto eleitoral de 24 de Janeiro, David Justino recorreu à frase de Rui Rio que classifica os socialistas como derrotados à partida por não terem apresentado um candidato próprio. “Se o PS é o derrotado antecipado destas eleições, o Governo não pode ir pelo mesmo caminho, deve assegurar as condições [para as eleições]”, desafiou.

“O Governo não se pode queixar da falta de colaboração do principal partido da oposição”, disse, referindo-se ao apoio da bancada do PSD às sucessivas declarações de estado de emergência.

Enquanto o executivo se reúne nesta segunda-feira, quatro dias depois da declaração das medidas de confinamento, o PSD manifestou a sua discordância em relação aos ditames do decreto de execução. “O PSD não pode subscrever as medidas, o Governo continua a correr atrás do prejuízo, as medidas foram mal desenhadas”, atacou.

“Cinquenta e duas excepções fazem desaparecer a regra, e confinamento sem fiscalização é conivência”, denunciou. O PSD propôs restringir as excepções, apontando para os serviços públicos, o sector da educação e administração central e local, cuja contribuição para a economia considerou como pouco relevante.

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