Marcelo faz da abertura do ano escolar o “desafio de Portugal”

O Presidente da República esteve na abertura do novo ano numa escola de Gueifães, na Maia, e pediu a diálogo entre alunos, pais, professores e Ministério da Educação.

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Presidente da República esteve na abertura do novo ano letivo numa escola da Maia LUSA/MÁRIO CRUZ

O Presidente da República associou-se nesta terça-feira à abertura do novo ano lectivo da Escola EB 2,3 de Gueifães, no concelho da Maia, e deixou uma mensagem de esperança a todos os intervenientes, apesar de reconhecer que este “vai ser um ano difícil” para alunos, professores e encarregados de educação.

“Todos estamos interessados em que o ano electivo corra bem. É uma missão nacional, não é uma missão de um Governo, de uma oposição ou de um partido ou de um sindicato ou de um patronato ou dos responsáveis de uma escola, dos professores, ou dos pais, ou dos alunos, ou das autoridades sanitárias, é de todos”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa no final da sessão de abertura do novo ano lectivo da Escola EB 2,3 de Gueifães que foi requalificada no âmbito de uma cooperação entre a Câmara da Maia e o Ministério da Educação.

Acompanhado do ministro Tiago Brandão Rodrigues, o Presidente da República começou por referir que o primeiro dia do novo ano é para os jovens, professores e pais um “dia de expectativa, de esperança, mas ainda de ansiedade, de dúvida, de inquietação”. Passados oito dias já é diferente. “Um mês depois é diferente e dois meses depois é muito diferente”, afirmou numa tentativa de mostrar que a cada dia que passa a situação vai melhorando. “Tenho a certeza que aos poucos, em conjunto, é possível ultrapassar as dúvidas deste momento e converterem-se não só em confiança ou em esperança, mas em certeza”, disse.

Pedindo “diálogo, diálogo, diálogo” a todos os intervenientes, Marcelo deixou um apelo aos pais para que estejam “particularmente atentos como estiveram notavelmente durante meses”, e  também aos professores, que elogiou como sendo os “heróis desta saga”, para que “estejam despertos para aquilo que se passa: turma a turma, ano a ano, escola a escola, agrupamento a agrupamento”.

O apelo foi também extensivo às autoridades de saúde, aos vários ministérios, mas sobretudo ao Ministério da Educação. “Se houver atenção, se houver comunicação, se houver diálogo e rapidez de resposta os problemas resolvem-se e o problema que é pequeno não cresce e isso permite mais esperança, mais confiança, mais certeza porque isto é uma tarefa nacional”, enfatizou o chefe de Estado.

De uma forma empenhada, Marcelo reafirmou que a “abertura do novo ano lectivo tem de correr o melhor possível” porque o país não pode perder esta oportunidade.“É difícil, mas tem de correr o melhor possível porque se não correr o melhor possível é o país que perde um ano, são as crianças e jovens que perderem um ano, são os professores que perdem um ano. E o país não poder perder um ano”, reiterou o Presidente. “Isso não é possível, isso não é concebível, isso não vai acontecer porque vamos ganhar a abertura do ano lectivo é Portugal ganhar o ano”, proclamou.

Depois de pedir a todos que “remem no mesmo sentido, transformando o problema num pequeno problema que se resolve e não num pequeno problema que se converte num grande problema”, o Presidente da República insistiu na necessidade de que se “ganhar a abertura do novo ano escolar” porque - frisou - esse “é o desafio que o país tem pela frente”.

“Esse é o desafio de Portugal e sem esse desafio não há planos para a economia que funcionem; não há planos para o emprego que funcionem; não há planos para a justiça social que funcionem”, declarou, observando que tudo está ligado e tudo começa pela educação e pelos mais novos.

Respondendo a um convite feito pelo presidente da Câmara da Maia, António Silva Tiago, para visitar um novo espaço que está a ser reabilitado no Bairro de Sobreiro, o Presidente da República não se comprometeu, mas garantiu que se puder visitará pela quarta vez na qualidade de chefe de Estado o concelho.

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