Num mundo pós-covid, os espectáculos serão mais sóbrios, diz um dos ABBA

As regras por causa da pandemia têm feito muitas indústrias atravessar momentos difíceis, e a do entretenimento não é excepção, com artistas, músicos e outros profissionais com as suas vidas em suspenso.

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Bjorn Ulvaeus e Lena Kallersjo à chegada à estreia mundial do espectáculo "Mamma Mia", em Londres, em 2008 Reuters/Dylan Martinez
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Benny Andersson, Anni-Frid Lyngstad, Agnetha Faltskog e Bjorn Ulvaeus, no dia em que venceram a Eurovisão, em 1974, com o tema "Waterloo" Reuters/TT NEWS AGENCY
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Bjorn Ulvaeus e Benny Andersson, em 2018, na estreia de "Mamma Mia! Here We Go Again", em Londres Reuters/Hannah Mckay

Produções musicais extravagantes como “Mamma Mia!” terão de ser reduzidas quando puderem novamente ser vistas pelo público, considera o cantor, autor e empresário sueco  Bjorn Ulvaeus, dos ABBA.

O autor de 75 anos, que co-escreveu sucessos como “Waterloo” e “Dancing Queen” para o ABBA com o companheiro Benny Andersson tem passado o muito tempo desta pandemia a assistir a filmes, ouvir música e a ler, além de ter encontrado uma nova paixão, a canoagem. Mas, com os teatros e as salas de espectáculo fechadas, Ulvaeus tem vindo a trabalhar em formas de melhorar o distanciamento social para que “Mamma Mia!” e “Mamma Mia! The Party” possam voltar a ser vistas pelo público.

“Esperamos estrear talvez em Janeiro ou Fevereiro, se tivermos sorte. E, enquanto isso, estamos a tentar criar um ambiente de distanciamento social nesses lugares [as salas de espectáculo], tanto quanto possível”, explica à Reuters, a partir do seu retiro, numa ilha no Báltico, perto de Estocolmo, acrescentando que mantém a equipa ligada aos espectáculo de licença. 

As regras por causa da pandemia têm feito muitas indústrias atravessar momentos difíceis, e a do entretenimento não é excepção, com artistas, músicos e outros profissionais com as suas vidas em suspenso. Com a reabertura das salas e com a redução esperada do número de espectadortes, Ulvaeus avança que as produções serão diferentes, com menos gente também. “As grandes e luxuosas produções musicais são tão caras de produzir que precisamos de ter salas preenchidas a, pelo menos 80 a 85% da capacidade”, explica, acrescentando que na impossibilidade de encher salas, as produções terão de ser mais sóbrias.

O empresário está ligado às produções londrinas de “Mamma Mia!” e “Mamma Mia! The Party”, e está a tentar estrear este segundo espectáculo em Gotemburgo, na Suécia, antes do final do ano. Também tem participações na exposição Super Trouper, em Londres, e do Museu ABBA, em Estocolmo. Com uma agenda habitualmente preenchida, reconhece que também isso mudou com a covid-19: menos viagens e mais reuniões à distância. “Já que estou numa idade em que o coronavírus é especialmente perigoso”, conclui.

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