Presidente deu oportunidade ao PS e ao PSD de defenderem a democracia representativa

Era importante que as direcções do PS e do PSD tivessem a coragem de voltar atrás no disparate que fizeram.

Tendo-se resguardado no respeito pelo equilíbrio institucional e no dever de não-interferência entre órgãos de soberania, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, recusou-se a comentar a absurda reforma do Regimento da Assembleia da República (RAR) que os deputados do PS e do PSD aprovaram em Julho. Em visita ao Algarve, limitou-se então a referir que, em 2015, debateu “com todos os candidatos presidenciais”, num comentário indirecto à abrupta redução de idas do primeiro-ministro ao Parlamento, que passaram de quinzenais para bimensais. Uma mudança de regras de funcionamento parlamentar que estão estabelecidas num regulamento interno, o RAR, o qual não reveste a forma de lei, logo não tem de ser promulgado pelo Presidente da República.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção