A Leitaria da Quinta do Paço fechou a fábrica, mas está a ponderar serviço de take-away

A histórica loja do Porto, que está a comemorar 100 anos, estuda a hipótese de avançar com o take-away do seu produto mais vendido, o éclair recheado com chantilly fresco.

Fotogaleria
Leitaria da Quinta do Paço Miguel Manso
Pastelaria
Fotogaleria
Leitaria da Quinta do Paço Miguel Manso
Fotogaleria
Leitaria da Quinta do Paço Renato Cruz Santos
,Cozinha americana
Fotogaleria
Leitaria da Quinta do Paço Renato Cruz Santos
Hors d'oeuvre
Fotogaleria
Leitaria da Quinta do Paço Renato Cruz Santos
,Éclair
Fotogaleria
Leitaria da Quinta do Paço Miguel Manso
Hors d'oeuvre
Fotogaleria
Leitaria da Quinta do Paço Miguel Manso

 A Leitaria da Quinta do Paço, que vende éclairs no Porto há 100 anos, fechou a fábrica e as lojas devido ao estado de emergência nacional, mas equaciona reabrir para take-away.

O grupo da Leitaria da Quinta do Paço (LQP), que tem oito lojas espalhadas por Portugal - Porto (duas), Matosinhos (duas), Lisboa, Almada, Oeiras e Braga -, e emprega mais de uma centena de pessoas, foi obrigado a encerrar as portas de todos os estabelecimentos e da fábrica, localizada em Vila Nova de Gaia, devido ao estado de emergência nacional motivado pela pandemia da covid-19.

“Neste momento estamos encerrados a manter a quarentena segundo as indicações da Direcção-Geral da Saúde. Estamos também a estudar a hipótese de [reabrir com] serviço de take-away”, declarou à Lusa Inês Ferreira, do grupo da Leitaria da Quinta do Paço, referindo que os empregados não foram despedidos e que a empresa está a ponderar avançar com regime de lay-off simplificado.

O ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, anunciou esta semana que as empresas que forem obrigadas a encerrar devido ao estado de emergência nacional iam poder ter acesso ao lay-off simplificado.

Siza Vieira explicou que as empresas podem recorrer parcialmente ao lay-off, ou seja, o mecanismo pode ser aplicado apenas a um determinado número de trabalhadores numa empresa, que recebem dois terços do salário, enquanto outros podem continuar a trabalhar nas condições normais. Actualmente, a maioria dos funcionários do grupo LQP estão parados, embora alguns estejam em regime de teletrabalho.

O grupo LQP, que celebra este ano o seu 100.º aniversário, está a estudar a hipótese de avançar com o take-away do seu best-seller, que é o éclair, uma especialidade recheada com chantilly fresco. Segundo Inês Ferreira, há muita procura daquele bolo especial, com muitos clientes a telefonarem e a pedir a iguaria.

O grupo LQP registou uma facturação de quatro milhões de euros em 2018, crescendo 20 vezes em relação a 2012, ano em que a marca facturou 190 mil euros, disse à Lusa José Eduardo Costa, presidente executivo do grupo da LQP, numa entrevista em Agosto de 2019 no âmbito das comemorações do centenário da loja-mãe da Leitaria da Quinta do Paço.

Nascida no Porto em 1920, na Praça Guilherme Gomes Fernandes, a loja-mãe da Leitaria da Quinta do Paço mantém-se há 100 anos no mesmo local com uma média de vendas diárias de 800 éclairs por dia, um valor que duplica aos sábados e domingos.

A abertura de novas lojas e a internacionalização do negócio continua a fazer parte dos planos, mas de momento está tudo em análise e a aguardar que a pandemia termine.

Para este ano, o grupo LQP tinha criado um “éclair centenário” especial para “os clientes o poderem degustar” durante o ano inteiro, mas de momento está tudo em suspenso à espera que a crise passe, explicou a mesma fonte.

Sugerir correcção
Comentar