As empresas que pretendem continuar a trabalhar para poder continuar a cumprir a sua missão económica e social estão a deparar-se com imensas dificuldades, que se passam a listar:

– Receio generalizado por parte dos colaboradores em continuarem a assegurar as suas tarefas;

– Encerramento de parte dos fornecedores, subempreiteiros e até de clientes;

– Dificuldade em obter registos, efetuar escrituras, etc.;

– Para os que têm pessoal deslocado no próprio país: encerramento de restaurantes, hotéis, etc., obrigando à criação de novas logísticas;

– Encerramento, sem alternativas, das creches e aconselhamento a que a estrutura familiar mais velha não tome conta das crianças.

Perante esta situação cataclísmica, o Governo propõe um conjunto de medidas de difícil aplicação, muito burocráticas e carregadas de travões na sua execução.

Um exemplo respeitante ao apoio aos pais que têm de ficar em casa a tomar conta dos filhos pequenos: foi disponibilizado há uma semana o formulário para ser preenchido pelos trabalhadores. Mas o formulário para a empresa entregar aos Serviços da Segurança Social  Direta ainda não existe. Hoje, dia 23, foi finalmente anunciado um formulário que estará disponível só no dia 30 deste mês!

Neste momento em que as empresas, para não despedir, precisam de ter apoio claros e imediatos, é apresentado pelo Governo uma proposta de layoff simplificado, que afinal não simplifica, que é burocrático e que implica que a empresa certifique que teve uma quebra de negócio superior a 40%. Se, neste momento, uma empresa se encontrar nessas condições e não tiver reduzido os seus encargos de imediato, irá ter uma grave rutura financeira.

Se estas condições não forem revistas rapidamente, as empresas vão ter as maiores dificuldades em se poder adaptar a este período de crise extrema.

O autor escreve segundo o novo acordo ortográfico