Último doente de ébola teve alta na República Democrática do Congo

Durante a epidemia, declarada em Agosto de 2018, houve 3444 casos de infecção e 2264 mortes.

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Semida Masika teve alta a 3 de Março do hospital de Beni, na República Democrática do Congo /Erikas Mwisi Kambale/Reuters

O último doente num centro de tratamento do ébola, em Beni, na República Democrática do Congo, já teve alta, anunciou a Organização Mundial da Saúde, adiantando que actualmente não existem casos confirmados da doença no país.

“Actualmente há zero casos de ébola na República Democrática do Congo após mais de um ano de luta contra a epidemia”, anunciou a directora da Organização Mundial de Saúde (OMS) para África, Matshidiso Moeti, na rede social Twitter.

Matshidiso Moeti, que partilhou o vídeo da saída do doente do centro de tratamento de Beni, expressou o seu orgulho de “todos os envolvidos na resposta” à epidemia do vírus do ébola, declarada em 2018. “Estamos esperançados, mas cautelosamente optimistas que, em breve, poderemos declarar o fim da epidemia”, acrescentou.

A OMS África adiantou ainda que continuará em modo de resposta total durante o período de observação.

De acordo com David Gressly, coordenador das Nações Unidas para a resposta ao ébola, não há casos confirmados de infecções nas cerca de últimas duas semanas e nos últimos 21 dias apenas se registaram dois. A 1 de Março não havia nenhum caso confirmado da doença pelo 13.º dia consecutivo.

Desde que foi declarada a epidemia, em Agosto de 2018, e até 1 de Março, foram registados 3444 casos de infecção pelo vírus do ébola, 3310 confirmados em laboratório. A doença causou 2264 mortes (2130 confirmadas e 134 prováveis) e 1168 pessoas que se curaram. Existem actualmente 350 casos suspeitos em investigação.

Esta epidemia é a segunda mais mortífera do ébola de que há registo, sendo apenas ultrapassada pela que atingiu a África Ocidental entre 2014 e 2016 e que matou mais de 11.300 pessoas.

O vírus do ébola transmite-se pelo contacto com fluidos corporais infectados e a rapidez do tratamento é determinante para as possibilidades de sobrevivência, sendo que a sua taxa de mortalidade alcança os 90%, caso não seja tratado a tempo.

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