Apesar do diagnóstico de Parkinson, Ozzy Osbourne quer voltar à estrada

A um mês do lançamento de Ordinary Man, o primeiro álbum a solo da última década, o pai do heavy metal confessou sofrer de uma forma da doença, mas que não vai deixar que esta o afaste dos fãs.

Osbourne conquistou, ao longo dos anos de carreira, o título de "príncipe das trevas"
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Osbourne conquistou, ao longo dos anos de carreira, o título de "príncipe das trevas" Mario Anzuoni/Reuters
Osbourne explicou que a doença de Parkinson, de carácter degenerativo, começou a desenvolver-se após uma cirurgia ao pescoço
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Osbourne explicou que a doença de Parkinson, de carácter degenerativo, começou a desenvolver-se após uma cirurgia ao pescoço Mario Anzuoni/Reuters

Com uma carreira ligada ao heavy metal, o ex-vocalista dos Black Sabbath e protagonista do reality show The Osbournes prepara-se para voltar ao activo, com o lançamento de Ordinary Man, o primeiro álbum a solo da última década (o último foi Scream, em 2010) a chegar ao circuito comercial dia 21 de Fevereiro. Mas, antes de tal acontecer, aquele que chegou a ser conhecido por “príncipe das trevas” decidiu tirar os esqueletos do armário e revelar os seus segredos. Numa entrevista ao programa Good Morning America, Osbourne explicou que a doença de Parkinson, de carácter degenerativo, começou a desenvolver-se após uma cirurgia ao pescoço, para resolver as sequelas de uma queda, “que estragou os nervos”.

Os primeiros a repararem que algo se passava foram o filho Jack, que desde 2012 tem o diagnóstico de esclerose múltipla, e a filha Kelly. “O mais difícil é ver alguém que se ama a sofrer”, desabafou Kelly, ressalvando que o pai agora está em melhores condições de saúde. E Ozzy concordou: “Estou muito melhor [do que há um ano]; estava num estado lastimável.”

Ao longo de 2019, o guru do metal foi cancelando e adiando os concertos que tinha programados, dando origem a uma série de rumores sobre o seu estado de saúde. Foram esses mesmos rumores que levaram a que Ozzy decidisse contar o que se passa: “Não sou bom [a guardar] segredos. Não posso continuar [com segredos] porque já estava a ficar sem desculpas.”

Apesar do diagnóstico, a família está optimista com a recuperação, com uma incursão à Suíça, agendada para Abril, durante a qual esperam encontrar um tratamento que dê as respostas de que Ozzy precisa. Até porque, para o mês seguinte, o músico tem programado o regresso aos palcos, com quatro concertos nos EUA. E Ozzy não quer deixar de voltar para a estrada. “Eu preciso disso”, confessou.

No próximo dia 13 de Fevereiro, assinalam-se cinco décadas do lançamento de Black Sabbath, o primeiro álbum da banda homónima que se tornaria lendária e cuja figura de proa foi o vocalista Ozzy Osbourne e que incluía ainda outros três membros que poderiam integrar um passeio da fama do heavy metal: o guitarrista e principal compositor Tony Iommi, o baixista e principal letrista Geezer Butler e o baterista Bill Ward.

O álbum de estreia de Osbourne e da banda consta de várias listas dos melhores trabalhos de sempre do género, tendo a revista Q escrito, já no século XXI, que Black Sabbath “provou ser tão influente que permanece como modelo para bandas de metal”.

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