Futuro do partido de Orbán no PPE decidido em Janeiro

O novo presidente da formação, Donald Tusk - a terminar mandato de presidente do Consleho Europeu - disse que o Fidesz é o objecto de um relatório interno que fica concluído em Dezembro.

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Donald Tusk foi eleito na quarta-feira presidente do PPE ANTONIO BRONIC/Reuters

O novo presidente do Partido Popular Europeu (PPE), Donald Tusk, anunciou esta quinta-feira em Zagreb, o futuro do partido húngaro Fidesz, do primeiro-ministro Viktor Orbán, que está suspenso devido a posições populistas, é decidido em Janeiro.

O PPE (grupo de centro-direita e que integra os eurodeputados dos partidos portugueses PSD e o do CDS) decidiu suspender o Fidesz, na sequência de declarações do primeiro-ministro húngaro sobre Bruxelas e a questão dos migrantes, tendo havido então vozes a reclamar a sua expulsão do maior grupo político do Parlamento Europeu.

Em conferência de imprensa em Zagreb, onde decorre o congresso do PPE que o elegeu presidente, Donald Tusk disse que vai ser apresentado um relatório feito por uma comissão sobre a conduta do partido húngaro “antes do final do ano”.

“A minha intensão é ter uma decisão sobre esta questão até ao final de Janeiro”, disse Tusk, um dia depois de ter discursado contra “autocratas” e “populistas”, ao assumir a liderança do PPE, sucedendo ao francês Joseph Daul. Tusk era o único candidato ao lugar.

O grupo conservador PPE mantém-se o maior do Parlamento Europeu, com 182 lugares em 751, tendo perdido 34 nas eleições europeias de Maio.

Donald Tusk (62 anos) cumpriu dois mandatos, num total de cinco anos, como presidente do Conselho Europeu, cargo que deixa a 1 de Dezembro, sendo substituído pelo ex-primeiro-ministro belga Charles Michel.

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