Líderes dos cinco principais partidos espanhóis em confronto na televisão

Pedro Sánchez, Pablo Casado, Albert Rivera, Pablo Iglesias e Santiago Abascal tentam convencer os eleitores esta noite de que têm a melhor solução. Mas é improvável que o impasse político se resolva nas eleições de 10 de Novembro.

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O primeiro-ministro Pedro Sánchez deve ser o alvo de todos JULIO MUNOZ/EPA

Os cinco principais candidatos das eleições espanholas do próximo domingo participam esta noite no único e muito esperado debate televisivo para tentar convencer os espanhóis indecisos e os que acham que não vale a pena ir votar.

Pedro Sánchez (PSOE, socialista), Pablo Casado (PP, direita), Albert Rivera (Cidadãos, direita liberal), Pablo Iglesias (Unidas Podemos, esquerda) e Santiago Abascal (Vox, extrema-direita) vão começar por responder cada um deles, no debate que começa às 22h00 (21h00 em Lisboa) e se prolonga durante duas horas e 45 minutos, à pergunta: “Estamos perante uma repetição eleitoral. Como saímos desta?”.

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Vários dos candidatos dos cinco maiores partidos interromperam ou reduziram significativamente desde domingo a sua participação na campanha eleitoral de oito dias, para prepararem a sua intervenção na aguardada discussão.

Vários analistas consideram que no debate “todos vão estar contra todos” e em particular “todos contra Sánchez”, com a direita a atacar a gestão socialista, que considera demasiado branda, da crise catalã e a condução da política económica do país.

Nas últimas eleições, em 28 de Abril, o PSOE foi o mais votado com 28,7% dos votos, seguido pelo PP 16,7%, o Cidadãos 15,9%, o Unidas Podemos 14,3% e o Vox 10,26%.

Segundo uma sondagem publicada domingo no El País, o PSOE voltaria a ganhar as eleições mas a perder força, com 27,3%, seguido pelo PP que sobe para 21,2% e o Vox que se pode tornar no terceiro partido mais importante com 13,7%, e 46 deputados.

A forte subida dos dois partidos de direita é feita à custa do Cidadãos, que baixaria para 8,3%, enquanto à esquerda o Unidas Podemos pode descer para 12,4% (nas eleições de 28 de Abril teve 14,3%) e se assiste ao aparecimento de um novo partido, o Mais País, com 4,4%.

Mas tanto o bloco de partidos de esquerda (PSOE, Unidas Podemos e Mais País) como o de direita (PP, Cidadãos e Vox) ficariam longe da maioria absoluta de 176 deputados, num total de 350.

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