As verdadeiras máscaras de um herói banal

O único romance que deu prestígio a John Williams no seu tempo de vida: Augustus, ficção com alguns factos reais sobre o primeiro imperador romano. Para ler e ir relendo, como os clássicos.

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Depois da sua morte, John Williams passou a ser nome de um culto

Publicado em 1972, Augustus foi o único livro capaz de tirar da sombra o nome do seu autor, um discreto professor de Inglês, poeta e ensaísta chamado John Edward Williams, texano, ex-sargento do exército americano. A ficção sobre o período violento em que César Augusto foi imperador de Roma valeu-lhe o National Book Award num ano de excepção. Ou seja, num ano em que o prémio distinguiu mais do que um livro e Augustus dividiu a glória com Chimera, de John Barth. Quando John Williams morreu os 71 anos, em 1994, poucos se lembravam que fora também o autor de Stoner e de Butcher’s Crossing. Nunca chegou a conhecer os efeitos da reedição, 40 anos depois de ter sido escrita, da história do tímido assistente de inglês na Universidade do Missouri (como o seu autor). Com esse ressurgir de Stoner, Williams passou a ser nome de um culto que se consolidou com a reedição de Butcher’s Crossing, romance que testa os limites da sobrevivência durante a conquista do Oeste nos Estados Unidos.

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