Costa diz que Portugal está empenhado em trabalhar na relação futura com o Reino Unido

Primeiro-ministro satisfeito com o anúncio de um acordo entre a União Europeia e o Reino Unido para o “Brexit”.

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António Costa com Jean-Claude Juncker LUSA/STEPHANIE LECOCQ

“Óptimo!”, reagiu o primeiro-ministro, António Costa, que entrou para uma reunião com o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, no exacto momento em que as equipas de negociadores da União Europeia e do Reino Unido anunciaram ter fechado o acordo para o “Brexit”, esta quinta-feira em Bruxelas.

Costa congratulou-se com o trabalho feito pela equipa liderada por Michel Barnier, que garantiu que “o acordo satisfaz todos os requisitos que tinham sido colocados, em particular a manutenção da integridade do mercado interno, e também naturalmente do Reino Unido, e o respeito do Acordo de Sexta-feira Santa entre a República da Irlanda e a Irlanda do Norte, de forma a não comprometer o processo de paz”. Segundo o primeiro-ministro, “está tudo assegurado, o que é um excelente sinal. Espero que seja aprovado mais logo”, acrescentou, referindo-se à cimeira dos chefes de Estado e governo da União Europeia, que arranca às 15h30 (hora de Bruxelas).

Como lembrou António Costa, “a grande prioridade” dos líderes para esta reunião do Conselho Europeu era evitar o cenário de uma saída caótica do Reino Unido da União Europeia no final deste mês — uma hipótese que só ficará definitivamente afastada depois do Parlamento britânico aprovar os termos do acordo alcançado esta quinta-feira. “Espero que à quarta seja de vez, e que este acordo valha não só entre nós [UE] e o Governo britânico, mas também possa ter a aprovação do Parlamento, para então podermos passar àquilo que é o mais importante que é trabalhar na relação futura com o Reino Unido”, disse o primeiro-ministro.

Costa lembrou que o Reino Unido não deixará de ser “nosso vizinho, nosso parceiro económico e nosso aliado em matéria de defesa e segurança” após o “Brexit”, pelo que “temos de estreitar muito essa relação”. “E sobretudo um país como Portugal, que tem com o Reino Unido a mais antiga aliança mundial, está muito empenhado nesta nova fase da relação. Por isso, ainda bem que chegamos a este acordo”, acrescentou.

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