Thomas Cook: processo de reembolsos enfrenta problemas tecnológicos

A Autoridade de Aviação Civil (CAA) teve dificuldade em lidar com a “procura sem precedentes” ao site criado para agilizar o processo de reembolsos dos clientes da Thomas Cook afectados pela crise do operador.

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LUSA/WILL OLIVER

site criado para reembolsar os clientes prejudicados pelo colapso da Thomas Cook foi lançado pela Autoridade de Aviação Civil (CAA) esta segunda-feira, 7 de Outubro, e foi descrito como o maior programa de sempre deste tipo de reembolsos. Porém, vários clientes foram confrontados, ao longo do dia, com mensagens de erro ao submeterem as suas reclamações, segundo relata a imprensa britânica. 

O programa será usado para compensar mais de 360 mil reservas da Thomas Cook protegidas pelo ATOL (uma protecção financeira britânica praticado pela CAA), o que correspondia a um total de viagens envolvendo cerca de 800 mil passageiros dos próximos meses. Segundo a autoridade reguladora britânica, os clientes serão pagos “dentro de 60 dias” após receberem o formulário “válido”.

Os problemas continuaram durante todo o dia. A CAA escreveu às 12h40 no Twitter que estavam “a receber agora um nível de tráfego à página sem precedentes, por favor tente outra vez mais tarde se não consegue aceder ao sistema agora.” Contudo, a reguladora negou que a página tivesse ficado em baixo, inacessível. Segundo o que escreveram mais tarde, a situação já apresentaria melhorias. 

Os clientes da Thomas Cook que estavam no estrangeiro quando se deu a crise da operadora turística podem também reivindicar o custo de partes da sua viagem que estavam cobertas pelo ATOL ou as despesas directas decorrentes dos atrasos nos voos.

Segundo a imprensa britânica, Adam French, especialista em direitos do consumidor da Which? (grupo de apoio aos consumidores), avisou os lesados para não recorrerem a “páginas alternativas” pois têm sido identificadas situações que procuram “tirar vantagem da situação através da criação de páginas convincentes de reembolso falsas”.

O operador turístico britânico Thomas Cook anunciou a 23 de Setembro a falência depois de não ter conseguido encontrar os fundos necessários para garantir a sua sobrevivência.

Apesar de a plataforma de reembolsos estar a criar problemas, os voos de repatriamento foram bem-sucedidos. A operação de duas semanas devolveu ao Reino Unido 140 mil pessoas e envolveu 740 voos através de aeronaves de 50 parceiros de todo o mundo. Esta operação foi ontem, 6 de Outubro, concluída com o último voo vindo de Orlando, Flórida, para Manchester com 392 passageiros.

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