Thomas Cook: Repatriamento no Algarve “não será complicado”

Falência da Thomas Cook leva Turismo do Algarve a procurar outros operadores turísticos para substituírem a empresa britânica.

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Adriano Miranda

O Turismo do Algarve divulgou hoje, 24 de Setembro, em comunicado, que está a acompanhar a situação da falência da Thomas Cook para assegurar soluções alternativas para os turistas afectados pela crise do operador britânico. O objectivo é minimizar os efeitos deste episódio no turismo da região.

Após a falência da Thomas Cook, o Turismo do Algarve avança, em comunicado, que estão a ser asseguradas “condições de acolhimento e de regresso a casa dos turistas que permanecem na região”. João Fernandes, presidente do Turismo do Algarve, refere ainda que “não será uma operação complicada, uma vez que o Algarve conta com vários operadores e companhias aéreas que garantem ligações directas aos principais aeroportos do Reino Unido, Alemanha e Holanda (os principais mercados com quem este operador trabalhava)”.

Em paralelo, o Turismo do Algarve iniciou já uma nova estratégia, reforçando as negociações com “outros operadores turísticos que possam” ocupar o espaço da Thomas Cook. Para além disso irão realizar “campanhas de marketing conjuntas, no sentido de promover o potencial da oferta da região e de incrementar as vendas do destino”.

Segundo Elidérico Viegas, presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), a falência da Thomas Cook causará “prejuízos de milhões”. Até ao final do dia de segunda-feira, já estavam contabilizadas perdas na ordem de um milhão de euros.

O presidente do Turismo do Algarve reconhece que a agência contava com uma grande tradição no Algarve e que os prejuízos da sua falência “podem advir para alguns” dos hoteleiros algarvios. Porém, sublinha que a agência não tem o mesmo peso que tinha anteriormente. No presente, os serviços da Thomas Cook assentavam na “venda de pacotes integrados de alojamento e transporte aéreo, o correspondente a cerca de 10 mil passageiros anuais desembarcados, valor que equivale a 0,2% do fluxo total de visitantes que chegam ao destino via aérea”.

O operador turístico britânico Thomas Cook anunciou ontem, 23 de Setembro, falência depois de não ter conseguido encontrar, durante o fim-de-semana, os fundos necessários para garantir a sua sobrevivência. Entrou em “liquidação imediata”, deixando centenas de milhares de turistas retidos nos destinos. Portugal foi um dos países afectados. Ontem havia cerca de 500 cidadãos britânicos retidos em Portugal, segundo informação da embaixada britânica ao Governo português.

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