Três dirigentes da Volkswagen acusados de reterem informação sobre o caso diesel

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Herbert Diess, presidente do grupo Volkswagen Reuters/Wolfgang Rattay

O Ministério Público de Braunschweig (Alemanha) apresentou esta terça-feira acusação contra o presidente do grupo Volkswagen, Herbert Diess, o seu antecessor, Martin Winterkorn, e o presidente do Conselho de Supervisão, Hans Dieter Pötsch, por terem retardado informações sobre o escândalo diesel.

A acusação centra-se na questão de saber se houve intenção de ocultar a dimensão do caso da manipulação de emissões de motores diesel aos investidores para evitar ou mitigar as consequências financeiras.

O consócio informou pela primeira vez sobre o assunto no dia 22 de Setembro de 2015, dias depois de as autoridades dos Estados Unidos terem desvendado o escândalo.

No entanto, antes já havia indícios suficientes do caso, que tinha mesmo sido abordado numa reunião interna, em Julho de 2015, na qual estiveram presentes tanto Winterkorn, como o então responsável pelas marcas, Diess.

A acusação apresentada agora em Braunschweig segue-se à que foi formulada em Abril passado por manipulação de emissões contra Winterkorn, que deixou o cargo em 2015, e de outras quatro pessoas.

O caso das emissões foi conhecido em Setembro de 2015 após investigações nos Estados Unidos, seguindo-se a demissão do presidente do grupo.

A Volkswagen admitiu na altura que milhares de veículos das marcas do grupo com motores diesel de dois litros estavam equipados com um dispositivo para manipular os testes de emissões. 

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