Sondagem antecipa vitória do PS em todos os distritos do continente

No Barómetro da Eurosondagem publicado no semanário Sol, PS, CDU, PAN e Aliança continuam a crescer. PS surge 14,8 pontos à frente do PSD.

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PS deverá vencer em todos os distritos do continente LUSA/MANUEL DE ALMEIDA

É um PS a aproximar-se devagarinho da nova fasquia da maioria absoluta (39%) aquele que surge neste sábado no barómetro publicado pelo semanário Sol e elaborado pela Eurosondagem com o patrocínio da Associação Mutualista Montepio. Com 38,1% (+0,8 pontos do que no último mês), o partido liderado por António Costa é o preferido dos eleitores. Segue-se o PSD, que perdeu 0,3 pontos em relação aos números divulgados em Agosto, situando-se agora nos 23,3%. Os dois continuam separados por quase 15 pontos.

CDU, PAN e Aliança são os outros três partidos que, tal como o PS, melhoram a sua prestação neste barómetro, fixando-se nos 6,9% (+0,1), nos 4,4% (+0,1) e nos 1,7% (+0,2), respectivamente. Os três juntos sobem 0,4 pontos, metade da subida do partido com melhor resultado e o valor exacto da descida do CDS. Os centristas passam para 6% na sondagem e mantêm-se como quinta força política com mais intenções de voto. O resultado do Bloco permanece inalterado: 9%, terceiro lugar nas preferências. O capítulo Outros Partidos/Brancos e Nulos perde 0,5 pontos, descendo para 10,6%.

O dado mais relevante deste estudo está, porém, na explicação que o administrador da Eurosondagem, Rui Oliveira e Costa, apresenta no texto que acompanha os números. “Pela primeira vez na sua história, [o PS] será o partido mais votado em todos os distritos de Portugal continental. Nem com a maioria de Sócrates tal ocorreu”, escreve Oliveira e Costa. Sobre o PSD, o também politólogo conclui que “terá uma descida inferior a 20 deputados”, contudo, “a sul do Tejo, numa área próxima de 40% do território do continente, terá quatro a cinco mandatos” (hoje tem nove).

Sem prever grandes alterações ao nível do grupo parlamentar do Bloco e apostando numa “descida ligeira" da CDU, o responsável da Eurosondagem tem más notícias para o CDS: “O seu grupo parlamentar ficará reduzido a metade, tal como ocorreu com o BE há oito anos, imitando também a não eleição do líder parlamentar.” Nas contas de Oliveira e Costa, como o CDS não vai eleger nenhum deputado em metade dos distritos em que teve representação em 2015, isso significará que Nuno Magalhães, que encabeça a lista de Setúbal, ficará fora da Assembleia da República. “Dos dez distritos onde elegeu em 2015, [o CDS] deixa de estar representado em Viana do Castelo, Viseu, Santarém, Setúbal e Faro.”

Para conseguirem eleger um deputado, os pequenos partidos precisarão de 1,8 a 1,9% em Lisboa e de 2,1 a 2,2% no Porto. “O principal candidato a ser eleito é Pedro Santana Lopes”, estima Oliveira e Costa.

O barómetro refere-se também à taxa de aprovação dos líderes e, aí, todos estão a perder popularidade, à excepção de Marcelo Rebelo de Sousa que sobe para 64% (+0,4) e de António Costa que mantém os 31,8%. Todos os outros estão bastante abaixo desta marca. Catarina Martins é a líder que mais perde (1,1), passando para 8,8%. Tanto Rui Rio (11,4%) como Assunção Cristas (2,8%) como ainda Jerónimo de Sousa (9,8%) perdem 0,8 pontos cada.

O barómetro foi efectuado de 1 a 5 de Setembro através de entrevistas telefónicas para telemóveis e telefones da rede fixa situados nas várias regiões de Portugal continental. Foram feitas 1180 tentativas de contacto, das quais 158 não aceitaram colaborar no estudo de opinião. O erro máximo da amostra é de 3,08% para um grau de probabilidade de 95%. 

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