História trágico-marítima

O mar é a memória do dilúvio, da punição tremenda dos deuses que tudo destruíram sob o abismo das águas que se soltaram dos céus, onde o grande caos se instalou.

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O grande corpo de água a quem chamamos Mar, que é constantemente agitado com violência por tempestades em todas as partes do mundo, passando por todos as plantas submarinas, peixes, sais, minerais e, em resumo, por qualquer outra coisa que se encontre localizada entre uma Costa e outra, deve, provavelmente, lavar algumas partes do todo, e ser impregnado, ou saturado com a transpiração, se assim a posso chamar, de todos os corpos por onde passa: incessantemente, as suas partículas mais finas soltam-se dos vapores, tentando escapar para o ar exterior, até que ficam emaranhadas pelo mar e desse modo passam também a fazer parte da sua composição. Ao mesmo tempo, os sais também estão continuamente a espalhar algumas das suas substâncias para enriquecê-lo, mantendo-o assim afastado da putrefação [1].

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