O príncipe William aceitaria “perfeitamente” se um dos seus filhos fosse gay

O segundo na linha de sucessão ao trono do Reino Unido visitou esta quarta-feira uma organização que apoia jovens LGBTQ+ em situação de sem-abrigo.

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Reuters/POOL

O príncipe William afirmou esta quarta-feira que aceitaria “perfeitamente” se um dos seus filhos fosse gay, admitindo sentir-se preocupado com a perseguição e ódio que poderiam ter de enfrentar.

“É algo com o qual me sinto nervoso, não por estar preocupado com serem gay. Tem mais a ver com o facto de estar preocupado com as pressões que vão sentir e quão mais difícil a vida deles poderá ser”, comentou o segundo em linha ao trono, durante uma visita a uma organização que apoia jovens LGBTQ+ em situação de sem abrigo.

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Questionado sobre como se sentiria se um dos seus filhos fosse gay, disse que seria “perfeitamente ok”, acrescentando ainda que apenas tinha começado a pensar nesta questão quando se tornou pai. William casou em 2011 com Kate Middleton, com quem tem três filhos: George, de cinco anos, Charlotte, de quatro, e Louis, de dois.

“Particularmente para a minha família e a posição em que estamos, essa é a parte que me põe nervoso”, descreve. “Apoio totalmente qualquer decisão que eles façam, mas preocupa-me, do ponto de vista de pai, a quantidade de barreiras, palavras de ódio, perseguição, toda a discriminação que pode surgir.”

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Dominic Lipinski/ REUTERS

William falou durante uma visita à Albert Kennedy Trust (akt), em Londres, para inaugurar um novo centro de serviços. A visita foi organizada em antecipação da marcha pride de Londres e também para marcar o 50.º aniversário da revolta de Stonewall — que começou num bar de Nova Iorque e originou um movimento de defesa dos direitos LGBT+ a nível internacional.

Tim Sigsworth, da akt, afirma que o apoio de William faz uma grande diferença. “Fiquei impressionado primeiro com o seu nível de conhecimento, mas a sua empatia e reconhecimento das lutas e desafios que as pessoas LGBT enfrentam foi algo para mim incrível”, comenta. “A vontade de desafiar as suas próprias percepções e disposição para apoiar pessoas LGBT de uma forma tão pessoal, ao ponto de referir-se aos seus filhos, vai fazer uma enorme diferença”, acrescentou ainda.

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