Programa de Estabilidade prevê 1100 milhões para o Novo Banco

Mário Centeno desvaloriza impacto nas contas públicas. E sublinha: “não vamos entregar o sistema financeiro à condução do senhor governador do Banco de Portugal como o anterior governo fez”.

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MIGUEL MANSO

Depois de, no Orçamento do Estado, ter antecipado apenas um impacto no défice de 400 milhões de euros com o Novo Banco (NB), o Governo vai já incluir, no Programa de Estabilidade que irá apresentar no próximo dia 15, uma despesa de 1100 milhões, um valor que fica mais próximo, mas ainda ligeiramente abaixo dos 1149 milhões pedidos pelo banco para a sua capitalização.

Vão lá estar 1100 milhões, ainda como estimativa, porque até 15 de Abril não vou ter a informação definitiva”, afirmou o ministro das Finanças. Mário Centeno garantiu contudo que, “embora o orçamento tenha de contar com esta informação da esfera do Novo Banco, o cálculo da verba necessária não interfere no desenho das políticas orçamentais”.

“Não interfere porque Portugal tem um saldo próximo de zero, só interferiria se Portugal tivesse um saldo, como em 2015, próximo de 3%”, disse, explicando que nesse caso Portugal poderia entrar num Procedimento por Défice Excessivo.

O ministro preferiu não dar pistas em relação a quais são as expectativas do Governo em relação às injecções no Novo Banco a realizar no Novo Banco, nomeadamente se contava ter de entrar com a totalidade dos 3,9 mil milhões de euros. “Falta metade e o Novo Banco tem vindo a melhorar os seus relatórios operacionais. Agora, não vamos pôr em causa nunca a estabilidade do sistema financeiro, nem entregá-lo à condução do senhor governador do Banco de Portugal como o anterior governo fez”, afirmou.

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