No Ponto: ferroviário, Entroncamento

A Escola Profissional Gustave Eiffel recuperou a receita, criou uma imagem de marca, uma embalagem e enquadrou o doce na memória de comboios e maquinistas que ainda vive fortemente na cidade.

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Há quem ainda se lembre no Entroncamento da pastelaria Ribatejo, hoje fechada, onde era servido um doce chamado ferroviário. A senhora Ilda Jesus Boavida, que entrou no negócio aos 17 anos, explicou-me como eram as coisas nessa época, há mais de sessenta anos, no Entroncamento. Nas minhas viagens pelo Centro do país em busca de doces, adoro conhecer estas pessoas generosas, com muitos anos de trabalho e de histórias para contar.

Durante anos, o ferroviário desapareceu com o fecho da pastelaria. Porém, recentemente, a Escola Profissional Gustave Eiffel, no seu pólo do Entroncamento, recuperou a receita, criou uma imagem de marca, uma embalagem e enquadrou o doce na memória de comboios e maquinistas que ainda vive fortemente na cidade. O pastel em si é excelente e fazem-no na Gustave Eiffel com zelo e técnica perfeita. Vá de comboio e experimente.

A Doçaria Portuguesa

Cristina Castro criou o projecto No Ponto para registar e dar a conhecer os doces do país. Tem vindo a publicar a colecção A Doçaria Portuguesa, "os mais completos livros sobre a história e actualidade dos doces de Portugal". A investigação para este trabalho levou a autora a viajar por todos os concelhos em busca de especialidades doceiras. A partir da oportunidade de ver como se faz, de falar com quem produz, de conhecer vidas, histórias e tradições associadas à doçaria, surgiram os vídeos que desvendam um pouco de cada doce. Regularmente, a Fugas revela um vídeo novo sobre um doce diferente.

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