Falha no Explorer permitia a atacantes acederem a computadores alheios

O alerta veio num relatório do Google.

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Os ataques eram activados através de esquemas de phishing © Mike Segar / Reuters

A Microsoft lançou uma actualização para o Internet Explorer que corrige uma falha do navegador que permitia a atacantes ganhar remotamente acesso ao computador das vítimas. O problema afecta todas as versões do Windows.

O alerta foi feito pela própria empresa, esta quarta-feira, depois de receber um relatório do Google sobre uma vulnerabilidade que estava a ser utilizada em ataques online. 

O comunicado oficial não dá muitos detalhes sobre o problema: sabe-se apenas que a falha estava na memória do programa, e que os ataques eram activados através de esquemas de phishing. Trata-se de uma estratégia em que são enviados emails com links para sites fraudulentos criados para roubar informação das pessoas.

“Um atacante podia alojar um site especialmente criado para explorar a vulnerabilidade através do Internet Explorer e depois convencer um utilizador a visitá-lo”, explica a Microsoft numa nota de segurança. “Se o utilizador estivesse a utilizar a conta de administrador no computador, o atacante podia controlar o sistema afectado.” O atacante podia depois instalar programas, ver, mudar e apagar dados, ou mesmo criar uma nova conta.

A empresa diz que os utilizadores que instalaram a mais recente actualização da Microsoft estão protegidos, e agradece ao Google pela ajuda.

Esta semana, a relação entre as duas empresas também foi motivo de atenção devido a acusações de que o Google terá sabotado o navegador mais recente da Microsoft, o Edge. 

Joshua Bakita, um antigo estagiário da Microsoft, partilhou a informação no site de tecnologia Hacker News segundo a qual engenheiros do Google terão programado o YouTube para ser mais lento naquele site de vídeos. "O Google está sempre a fazer alterações aos seus sites que estragam outros navegadores", lê-se na publicação de Bakita. 

O Google negou a acusação. A Microsoft não comenta o tema, e mantém apenas que o Google tem sido “um parceiro útil”.

O navegador Edge – que não é afectado pelas falhas mais recentes que a Microsoft agora corrigiu – veio substituir o Internet Explorer em computadores pessoais com o sistema operativo Windows fabricados desde 2015.

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