Por uma noite, a literatura europeia junta-se em Lisboa

A sexta edição da Noite da Literatura Europeia decorre este sábado com um programa espalhado por vários lugares do Bairro Alto. No total, 14 países estarão representados.

Foto
Daniel Jonas Fernando Veludo/NFactos

A Feira do Livro de Lisboa continua a decorrer no Parque Eduardo VII, até 13 de Junho, feriado de Santo António. Mas este sábado, e por um dia, as atenções literárias e bibliófilas poderão deslocar-se para o Bairro Alto, que, pela primeira vez – e à sexta edição do evento –, acolhe a Noite da Literatura Europeia.

Iniciativa da Eunic Portugal – a rede de institutos culturais europeus com representação em Lisboa, fundada em 1996 –, a Noite da Literatura Europeia conta este ano com escritores de 14 países da União Europeia. Entre as 19h e as 23h, haverá sessões de leitura nos dez espaços por onde o programa se estende: do Atelier-Museu Júlio Pomar à Galeria Ratton, da Academia das Ciências à Liga dos Combatentes...

Pela primeira vez na história da iniciativa haverá também um espectáculo de abertura, às 18h, no Liceu Passos Manuel. Trata-se de Dizer as palavras dos poetas, um “coro falado” criado pela associação Miso Music Portugal e pela Companhia Maior dedicado à poesia portuguesa, com direcção do compositor Miguel Azguime.

A literatura portuguesa vai estar representada por Daniel Jonas, com Oblívio, livro que lhe valeu esta sexta-feira a atribuição do Grande Prémio da Literatura DST, no valor de 15 mil euros, e que a organização descreve como uma obra “perturbadora e admirável”. Da lista de títulos que representam os outros 13 países, a Eunic destaca também o lançamento, em “estreia absoluta”, de Privilégio de Penumbra, do espanhol Felipe Benitez Reyes, editado em Portugal pela Abysmo, numa tradução de Vasco Gato.

É esta a lista dos restantes livros a apresentar ao longo da jornada, abordando temas como as convulsões e os conflitos sociais, a identidade, o pós-guerra, a infância, a vida quotidiana, o amor: Fora de Si, de Sasha Marianna Salzmann (Alemanha); A Esperança Maior, de Ilse Aichinger (Áustria); Memórias da Floresta, de Damir Karakas (Croácia); O Ano da Fome, de Aki Ollikainen (Finlândia); A Trança, de Laetitia Colombani (França); A Senhora Koula, de Ménis Koumandaréas (Grécia); Vida Extraordinária de Homens Voadores, de Enrico Buonanno (Itália); Escolhido pelas Estrelas, de Zbigniew Herbert (Polónia); Conflito Interno, de Kamila Shamsie (Reino Unido); Semanas, de Olga Stehliková (República Checa); Um Verão que Nunca Mais Acaba, de Radu Sergiu Ruba (Roménia); e também, a pensar nos leitores mais novos, dois títulos do irlandês Oscar Wilde, O Gigante Egoísta e O Príncipe Feliz.

Sugerir correcção
Comentar