Taxa de juro sobe no total dos contratos mas já desce nos recentes

Montante do capital em dívida sobe, influenciado pelos novos empréstimos à habitação.

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RIC Ricardo Campos

A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação fixou-se nos 1,031%,em Abril, um valor superior em 0,6 pontos ao registado em Março. A demonstrar a descida dos spreads, até porque as taxas Euribor revelam os primeiros sinais de subida, a taxa de juro dos contratos celebrados nos últimos três meses fixou-se em 1,559% no mês em análise, uma redução de 0,3 pontos base face ao mês anterior.

Os dados são do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgados esta segunda-feira, que mostram ainda uma nova subida das taxas, como aconteceu já em vários meses de 2017. A subida de Abril, embora modesta, corresponde ao valor mais alto desde 2016.

Os dados, compilados a partir de valores comunicados mensalmente pelos bancos, mostram que prestação média para a totalidade dos contratos subiu 1 euro, para 240 euros. Nos contratos celebrados nos últimos três meses, o valor médio da prestação aumentou dois euros em Abril, atingindo os 326 euros.

A reflectir o montante mais elevado dos empréstimo contratados nos anos mais recentes, incluindo o actual, o capital médio em dívida aumentou 47 euros, fixando-se em 51.817 euros.

Isolando os empréstimos dos últimos 3 meses, o montante médio do capital em dívida subiu 430 euros para 97.727 euros.

Um estudo recente do Banco de Portugal mostra que os portugueses aumentaram a amortização de empréstimos à habitação a um rimo superior ao habitual. Cerca de metade desses reembolsos abrangeram a totalidade do capital em dívida, o que o supervisor relaciona com o dinamismo do mercado imobiliário, em que há um número significativo de proprietários a vender. Só uma parte das amortizações foi seguida de novo empréstimo à habitação.

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