Rio sobre Montenegro: "Sou líder do PSD para tratar de coisas importantes"

Líder do PSD desvaloriza polémica em torno da despedida de Montenegro no Parlamento

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PAULO NOVAIS/LUSA

Rui Rio desvaloriza a polémica sobre o silêncio do líder parlamentar do PSD, Fernando Negrão, no momento em que foi feita a despedida do antigo líder da bancada, Luís Montenegro. "Sou líder do PSD para tratar de coisas importantes e não para andar em cada esquina a comentar aspectos laterais que não interessam nada aos portugueses", afirmou o líder do PSD aos jornalistas quando instado esta manhã a comentar o assunto à saída de uma iniciativa da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD).

O líder da bancada do PSD referiu que os portugueses "não dão importância" a este tipo de polémicas e que ele vai "seguir" essa orientação. Rio também não quis esclarecer se foi ou não convidado para o jantar de despedida do antigo líder parlamentar realizado na quarta-feira à noite. "Não tem relevo estar a esclarecer", afirmou.

A iniciativa de Fernando Negrão de não intervir no plenário no momento da homenagem a Luís Montenegro e só o ter feito, mais tarde, na altura da interpelação do PSD ao primeiro-ministro, deixou os deputados do PSD à beira de um ataque de nervos. Vários sociais-democratas – Miguel Santos, Luís Marques Guedes, Hugo Soares e Paula Teixeira da Cruz – lamentaram, em e-mails internos, que só o líder da bancada do CDS tenha falado sobre a saída de Montenegro do Parlamento, depois do próprio Montenegro e do presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues. 

Fernando Negrão, em declarações a vários órgãos de comunicação social, justificou a decisão de só intervir no tempo pertencente ao PSD com a ideia de que o mesmo aconteceu na despedida de Pedro Passos Coelho no Parlamento, no passado mês de Fevereiro. Neste caso, só o presidente da Assembleia da República interveio, tendo depois Negrão dito algumas palavras no início de um debate no tempo relativo à sua bancada. Mais nenhuma bancada pediu a palavra ao arrepio do que aconteceu com despedidas de outros deputados como Alberto Martins (PS), Paulo Portas (CDS) ou Bernardino Soares (PCP). 

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