Congresso aprova lei orçamental com verba para muro com o México

Trump vai promulgar a nova lei orçamental federal antes da meia-noite, para evitar outra paralisação administrativa parcial.

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Protótipo do muro que Donald Trump quer construir na fronteira com o México Reuters/JORGE DUENES

O Congresso norte-americano aprovou na madrugada de sexta-feira com o voto favorável do Senado, um Orçamento de 1300 milhões de dólares com um grande aumento do dinheiro canalizado para a Defesa e menos do que o Presidente desejava para o muro com o México.

De madrugada, o Senado aprovou com 65 votos a favor e 32 contra o projecto com a despesa acordada entre republicanos e democratas (correspondente a mil milhões de euros) que a Câmara dos Representantes já tinha aprovado na quinta-feira, com 256 votos a favor e 167 contra.

Ainda assim, alguns eleitos do partido Republicano - que controla as duas câmaras do Congresso - votaram contra este Orçamento. Mas finalmente o Congresso conseguiu aprovar o Orçamento - o que já devia ter feito até 1 de Outubro de 2017. O impasse já deu origem a dois shutdowns, momentos em que o Governo fica paralisado por falta de dinheiro.

O Presidente, Donald Trump, promulgará a lei orçamental federal antes da meia-noite de sexta-feira para assim evitar que os Estados Unidos enfrentem uma terceira paralisação administrativa parcial num período de poucas semanas.

O orçamento aprovado pelo Congresso com o apoio dos líderes democratas inclui uma verba de 1600 milhões de dólares (cerca de 1300 milhões de euros) para iniciar a construção do muro na fronteira com o México, uma das obsessões de Trump. Este montante fica, contudo, muito distante dos 25.000 milhões (cerca de 20.000 milhões de euros) que o Presidente tinha pedido ao Congresso.

A lei inclui também um aumento de 66.000 milhões de dólares (53.500 milhões de euros) para o Pentágono, cujo orçamento ascenderá aos 700.000 milhões de dólares (567.000 milhões de euros).

No acordo aprovado, não há qualquer referência aos jovens ilegais conhecidos como “Dreamers” (“Sonhadores”), ameaçados de deportação pelas políticas migratórias de Trump e cujo futuro foi imposto como condição pelos democratas para aprovarem a lei orçamental.

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