Quando o Harry se casar com Meghan Markle, no próximo mês de Maio, se seguir a tradição da família, que começou há quase um século, oferecerá à mulher uma aliança feita de ouro do País de Gales.
A tradição começou com a bisavó de Harry, a rainha-mãe, quando casou com o futuro rei Jorge VI, em 1923. Mais tarde, em 1947, a filha Isabel II fez exactamente o mesmo e a sua aliação é de ouro galês. O exemplo continuou com os filhos da rainha e também com o neto William quando casou com Kate, em 2011.
Para o casamento de Markle, o anel de ouro raro com o carimbo do dragão galês será feito, provavelmente, pelo joalheiro Wartski na sua oficina em Londres, informa Ben Roberts, gerente da Clogau, que há mais de um século fornece ouro à família real britânica.
Roberts considera ainda que a aliança será de um ouro mais claro para contrastar com o anel de noivado, que foi desenhado pelo noivo e tem três diamantes. "Olhando para o seu anel de noivado, provavelmente terá de combinar, então será de ouro amarelo", calcula, ouvido pela Reuters. Tradicionalmente, as jóias feitas por esta empresa são de ouro rosa.
Em 1981, a Clogau oferecen à rainha um lingote de ouro galês de uma de suas duas minas, Clogau St David's, para fazer as alianças de casamento das futuras noivas reais. O ouro galês de 24 quilates tem uma maior percentagem de ouro puro do que o ouro padrão de 18 quilates, dando-lhe uma cor rica e quente.
As duas minas da empresa, ambas em Bontddu, noroeste do País de Gales, estão actualmente fechadas, tendo operado pela última vez no final da década de 1990. À medida que os recursos de ouro se vão esgotando, a empresa planeia reabrir a mina de Gwynfynydd e convidar Carlos, o príncipe herdeiro, para a visitar.