IURD distancia-se da acusação de plágio: “Tal não corresponde à verdade”

O cantor e compositor Diogo Piçarra desistiu da participação no concurso depois das acusações de plágio.

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Diogo Piçarra era um dos finalistas do Festival da Canção, mas desistiu após as acusações Foto cedida pela RTP

Depois de o cantor Diogo Piçarra – que ficou em primeiro lugar na segunda semifinal do Festival da Cançãoter sido acusado de plágio pelas semelhanças da sua Canção do fim com uma canção da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), esta organização religiosa vem agora dizer que não tem qualquer relação com o cantor, sublinhando também que não detém qualquer direito sobre a canção do pastor Walter.

“Face às recentes notícias que referem que a música composta e interpretada pelo cantor Diogo Piçarra na semifinal do Festival da Canção é um plágio de uma música da IURD e de um pastor desta igreja, vem a IURD esclarecer que tal não corresponde à verdade”, lê-se num comunicado enviado por uma agência de comunicação que representa a igreja.

A canção em causa é o tema religioso Abre os meus olhos, uma versão de uma canção gospel, Open our eyes, do norte-americano Bob Cull.  O PÚBLICO enviou há dias perguntas ao músico, mas ainda não obteve resposta.

Depois das acusações de plágio – que o cantor negou –, o finalista Diogo Piçarra desistiu na terça-feira da sua participação no Festival da Canção. A final do concurso musical realiza-se no domingo. 

“Tudo isto que se criou em torno da minha participação, já não é música”, disse o cantor nas redes sociais, onde anunciou a sua renúncia. “Não quero deixar de dizer o orgulho que poderia ser representar o meu país num concurso como a Eurovisão, mas já não faz sentido nenhum sequer tentar ganhar essa oportunidade.” “A minha carreira e vida não dependem disto”, considerou ainda o músico de 27 anos.

Antes, na segunda-feira, o músico já tinha reagido às acusações de que era alvo: “é engraçado como a vida tem destas coisas, coincidência divina ou não, e perceber que a Internet é o verdadeiro juiz dos tempos modernos. Aclama mas também destrói”.

Já a RTP, que organiza o concurso, disse compreender e respeitar a decisão do compositor, acrescentando que “não duvidou em momento nenhum da integridade do artista, cuja carreira já fala por si”.

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