Vendedor das balas do massacre de Outubro é o primeiro detido

Douglas Haig fabricava ilegalmente balas capazes de perfurar armaduras e blindados. Stephen Paddock matou 58 pessoas e fez mais de 500 feridos.

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Haig encontrou-se várias vezes com o atirador para lhe vender munição; a última vez foi um mês antes do ataque Reuters/CHRIS WATTIE

Um homem suspeito de vender balas ao atirador do massacre de Las Vegas, responsável pela morte de 58 pessoas em Outubro, foi acusado de conspiração por ter fabricado e vendido as munições sem ter licença para o fazer. Douglas Haig, um norte-americano de 55 anos do estado do Arizona, é a primeira pessoa a ser detida na sequência do ataque de 1 de Outubro de 2017, considerado o maior massacre da história dos Estados Unidos com arma de fogo. Haig tinha tido um negócio online de venda de balas, algumas delas com capacidade de perfurar armaduras e veículos blindados.

O responsável pelas mortes, Stephen Paddock, de 64 anos, suicidou-se antes de a polícia entrar no quarto de hotel de onde disparou centenas de vezes, depois de ter preparado minuciosamente o ataque: alojado no 32.º andar, Paddock instalou um aparelho que permitiu que as armas semiautomáticas disparassem centenas de tiros por minuto, contra as mais de 20 mil pessoas que estavam a assistir a um concerto de música country. Consigo tinha 23 armas e também explosivos. Disparou indiscriminadamente durante mais de dez minutos, provocando a morte a 58 pessoas e ferindo mais de 500. Até hoje, ainda não se sabe porquê.

Agora sabe-se que Haig se encontrou diversas vezes com Paddock para lhe vender munições, incluindo uma vez em casa de Haig, um mês antes do massacre. Foram encontradas impressões digitais de Douglas Haig em algumas das balas que não chegaram a ser disparadas. Por fazer e vender munições de forma ilegal, o suspeito pode arriscar-se a ficar até cinco anos na prisão ou a pagar uma multa de 250 mil dólares (perto de 200 mil euros).  

O norte-americano foi inicialmente detido e já compareceu em tribunal, mas saiu em liberdade condicional; voltará a apresentar-se a tribunal a 15 de Fevereiro. 

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