César não quer novos aliados, mas quer “interlocutores válidos” no PSD

Líder parlamentar do PS anda pela zona dos incêndios e diz quer não está a fazer “visita de propaganda” ao Governo.

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Daniel Rocha

No início das jornadas parlamentares do PS, o presidente da bancada socialista quis passar a mensagem de que as visitas que os deputados estão a fazer esta segunda-feira não é para mostrar casos de sucesso, mas sim para mostrar “o que ainda carecem de um resolução definitiva ou de uma perspectiva de resolução”.

Por duas vezes, Carlos César repetiu a ideia que esta “não é uma visita de propaganda ao Governo, mas também não é para estimular desesperanças”. E no concelho de Penacova deparou-se com três casos ainda à espera de solução. Se para esta resposta de curto prazo, basta o diálogo com o Governo, para medidas de médio prazo espera agora que o PSD seja um aliado. “Aquilo que esperamos é ter interlocutores válidos”, disse em declarações aos jornalistas.

Mas para deixar claro que espera que o PSD se junte, mas que não afaste os apoios actuais, refere: “Não precisamos de ter novos aliados, mas precisamos de ter todos os interlocutores”, respondeu.

O presidente do PS analisou ainda de forma geral o clima actual, considerando que “há uma crise muito significativa de representação e da representatividade ao mais alto nível, política é certo, mas das organizações patronais e sindicais”, sem explicar a que se referia ou se considera que esta crise é também ela nacional. “Isto significa que a interlocução social tornou-se mais difícil e complexa. No plano partidário temos uma transição num partido necessário. Volvido este período em que o partido é um pouco terra de ninguém, estamos em condições para uma interlocução mais sólida".

Carlos César andou esta manhã no concelho de Penacova, onde morreram 5 pessoas, foram destruídas 56 habitações (16 delas de primeira habitação) e que está a braços com a reabilitação do território. “Temos procurado estar junto das pessoas das empresas e das situaçãos que ainda carecem de uma resolução definitiva ou de perspectiva e resolução. Não é uma visita para fazer propaganda do Governo, mas também não é para desestimular esperanças”, disse, acrescentando que a ideia é verificar essas situações de ainda “carecem de uma solução ou que não é de resolução fácil” para procurar “soluções para que o Governo tome decisões adequadas”.

No total, na região centro foram afectadas 1500 habitações, 300 delas já reabilitadas, garantiu César. O socialista contou ainda que já foram apoiados mais de 21 mil agricultores e aplicados 27 milhões em empresas.

Para já, os deputados socialistas vão fazer um relatório sobre os concelhos que percorrem nesta segunda-feira e detectar “quais são as carências e impedimentos mais comuns”.

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