Depois de anos de crime, o inspirador de Goodfellas foi condenado a oito anos de prisão

Vincent Asaro, 82 anos, foi condenado por ter ordenado que um carro fosse incendiado — mas tem uma “vida de actividade criminal violenta”.

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Asaro na altura em que foi detido em 2014 REUTERS/Brendan McDermid

Depois de anos a fugir à justiça, Vincent Asaro – o mafioso agora com 82 anos que serviu de inspiração para o filme de Martin Scorsese, Tudo Bons Rapazes (Goodfellas, no título original) – foi condenado a oito anos de prisão por um tribunal nova-iorquino. Na base da pena, o facto de ter utilizado a sua organização criminosa para incendiar um carro – e só porque o motorista o ultrapassou em 2012, em Queens (EUA).

Na altura em que isso aconteceu, Asaro apontou a matrícula do carro e contactou dois amigos para que encontrassem a viatura e a encharcassem com gasolina. O episódio foi testemunhado por um agente da polícia nova-iorquina, que estava vestido à paisana num carro descaracterizado. Asaro fez um inédito pedido de desculpas pelo sucedido, descrevendo-o como “uma coisa estúpida” que fez.

Além da pena de prisão, Asaro terá também de pagar cerca de 21 mil dólares (quase 18 mil euros) para reparar os estragos do carro destruído. Citada pelo Guardian, a advogada de Asaro, Bridget Rohde, disse que Vincent era culpado não só pelo incidente com o carro mas também por “uma vida de actividade criminal violenta”.

Vincent Asaro é sobretudo conhecido por ter protagonizado o famoso assalto à Lufthansa no aeroporto John F. Kennedy, no ano de 1978. Um roubo de cerca de seis milhões de dólares, o maior na história da cidade de Nova Iorque, segundo afirmava o FBI na altura da detenção do mafioso, em 2014 – mas pouco tempo depois, foi absolvido. O episódio do assalto inspirou o filme de Scorsese, lançado em 1990.

Na altura, o FBI referia que Asaro “dedicou a vida adulta à família do crime Bonanno [a família a que pertence, ligada à máfia Cosa Nostra], com uma carreira criminosa de décadas. Longe de um código de honra, tinha um código de violência e força brutas. "Os suspeitos de cooperarem com a justiça pagaram com as suas próprias vidas”.

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