A adesão das famílias ao novo produto de poupança do Estado não foi entusiasta. Os Certificados do Tesouro Poupança Crescimento (CTPC) atraíram apenas 78 milhões de euros em Novembro, o seu primeiro mês de subscrição, revelam dados do Banco de Portugal.

A redução da taxas de juro dos CTPC, face ao que ofereciam os Certificado do Tesouro Poupança Mais (CTPM), cuja subscrição foi suspensa em final de Outubro, é uma das razões que explicam a queda de valor. Também porque a subscrição de CTPM ia terminar, muitos aforradores aumentaram a subscrição do produto nos últimos dias de Outubro, o que gerou um encaixe extraordinário de 572 milhões de euros ao Estado, muito acima dos melhores meses de atracção.

O novo produto oferece uma taxa crescente durante um prazo de sete anos, começando nos 0,75% e terminando nos 2,25%. A progressão acelera mais perto do final do período (0,75% no segundo ano, 1,05% no terceiro, 1,35% no quarto, 1,65% no quinto e 1,95% no sexto e 2,25% no sétimo).

No entanto, a taxa de juro a partir do segundo ano é acrescida de um prémio, correspondente a 40% do crescimento médio real do PIB.  Adicionalmente, o prémio apenas tem lugar no caso de crescimento médio real do PIB ser positivo e fica limitado a um máximo de 1,2% em cada ano, equivalente a 40% de um crescimento médio real do PIB de 3%.

O produto anterior, o CTPM, ofereciam e ainda oferecem para quem o subscreveu, uma rentabilidade interessante, de 2,25% em média para aplicações a cinco anos, sem paralelo nos tradicionais depósitos bancários. No quarto e quinto ano, conta ainda com um prémio em função da evolução da economia nacional, condições que serão mantidas até ao vencimento das aplicações.