Já não há estradas cortadas devido aos incêndios

Ao início da manhã, não havia qualquer incêndio em evolução na sua página na Internet da Protecção Civil.

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Nelson Garrido
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O pesadelo acabou com a ajuda da chuva: já não há incêndios descontrolados nem estradas cortadas em Portugal. A Guarda Nacional Republicana (GNR) não tinha, às 9h00 desta terça-feira, registo de estradas cortadas na sequência dos incêndios que afectaram desde domingo vários distritos do continente.

Dezenas de estradas estiveram cortadas na sequência dos incêndios registados em vários concelhos dos distritos do Norte e Centro. Mas na manhã desta terça-feira a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) já não destacava qualquer incêndio em evolução na sua página na Internet, depois de, no domingo, centenas de fogos terem deflagrado e causado pelo menos 36 mortos.

De acordo com a informação disponível na página da Internet, a ANPC não listava, às 9h00, qualquer ocorrência importante e na lista total de incêndios, que inclui os fogos de menor dimensão, apenas são destacados incêndios dominados (cinco) ou em conclusão (56).

Por precaução, a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) decidiu manter o alerta vermelho devido aos incêndios em todos os distritos até às 20h00 desta terça-feira, enquanto o primeiro-ministro, António Costa, anunciou que o Governo assinou um despacho de calamidade pública abrangendo todos os distritos a norte do Tejo. Objectivo? Assegurar a mobilização de mais meios, sobretudo a disponibilidade dos bombeiros no combate aos incêndios.

Esta foi a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, no Verão, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou 64 mortos e mais de 250 feridos.

A chegada da chuva a algumas zonas do país terá ajudado no combate aos fogos que, ao início desta madrugada, ardiam no Norte e no Centro. Mas no terreno estavam ainda, nesta terça-feira de manhã, em todo o país, 90 operacionais, apoiados por 3119 meios terrestres.

As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram pelo menos 36 mortos, sete desaparecidos e 62 feridos, dos quais 15 graves, além de terem obrigado a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas.

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