Seat afasta rumores de mudança da sede de Barcelona

O construtor de automóveis alemão Seat, um dos maiores empregadores da região da Catalunha, veio esclarecer que vai manter a sede social em Martorell, Barcelona, e que tal como fez na Grã-Bretanha com o “Brexit” saberá adaptar-se ao novo quadro político que se abrir naquela região.

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LUSA/Alejandro Gar

Em declarações à agência de notícias espanhola, Efe, o porta-voz da marca do Grupo Volkswagen (que em Portugal possui a Autoeuropa, o maior investimento estrangeiro em território nacional) classificou de “um rumor” sem fundamento as notícias que apontavam para a mudança da sua sede social de Martorell para outra zona de Espanha. Nos últimos dias, vários jornais espanhóis avançaram que a Seat ia mudar a sede para Madrid.

O mesmo responsável esclareceu que depois de a 3 de Outubro a Catalunha ter realizado uma greve geral, “nada” mudou no que respeita à actividade normal da Seat: “Fabricar e vender automóveis.” 

A marca espanhola do grupo Volkswagen é o único fabricante de automóveis (desenha, produz e comercializa) a operar neste país, exportando 81 % das viaturas e possuindo mais de 1700 concessionários espalhados pelo mundo. Já este ano o presidente do grupo, o italiano Luca de Meo, comunicou investimentos de quase mil milhões de euros para desenvolver novos projectos na fábrica da Catalunha.

“A Seat é una empresa enraizada em Barcelona, na Catalunha, e em Espanha. E ao mesmo tempo é uma multinacional com uma visão global e como qualquer empresa, necessita de um quadro político estável”, observou o porta-voz da Seat.

O mesmo responsável esclareceu ainda que a empresa “acompanha a evolução dos acontecimentos na Catalunha, desencadeados depois do referendo de 1 de Outubro e a possibilidade de que possa ser declarada a independência unilateral.” A este propósito, o mesmo responsável recuperou as palavras do presidente proferidas a 8 de Setembro, no quadro do salão automóvel de Frankfurt, quando Luca de Meo afirmou: “Não se trata de um terramoto, nem de uma erupção vulcânica. Sabemos como nos adaptar” às condições que se vivem nos países “em que operamos”, à semelhança do que está a ser feito na Grã-Bretanha. Na sua actividade, a Seat já “levava em conta” o conflito político entre a Catalunha e o resto da Espanha.  

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