Documentário com Carrie Fisher e Debbie Reynolds já tem trailer e estreia portuguesa

Já são conhecidas as primeiras imagens de Bright Lights, o filme que retrata a relação das duas actrizes. Em Portugal, estreia-se na terça-feira no TVCine2.

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Debbie Reynolds e Carrie Fisher Arquivos de família/HBO

Para o mundo, Debbie Reynolds e Carrie Fisher eram dois grandes ícones de Hollywood, mas quando os holofotes não estavam ligados, eram apenas mãe e filha. Bright Lights: Starring Carrie Fisher and Debbie Reynolds, o documentário da HBO que mostra o laço que unia as duas actrizes, viu a sua estreia antecipada para este domingo devido à morte das duas actrizes no espaço de 48 horas, em Dezembro. Agora, foram divulgadas as primeiras imagens do filme, que se estreia em Portugal na terça-feira, às 22h, no canal por cabo TVCine2.

As gravações do documentário começaram em 2015 e, após ser exibido em Cannes e no Festival de Cinema de Nova Iorque, com a partida repentina das duas actrizes ganhou uma nova relevância. De facto, o trailer divulgado esta quarta-feira não mostra a eterna Princesa Leia de Star Wars nem a enérgica Kathy de Serenata à Chuva; antes uma mãe e uma filha que eram confidentes e moravam no mesmo quarteirão de Beverly Hills, em Hollywood. Bright Lights foi rodado quando Carrie Fisher se preparava para começar a trabalhar em Star Wars: Episode VIII e mostra a preocupação da actriz com a mãe, que estava a ficar cada vez mais debilitada.

Ao longo do documentário, as duas actrizes enfrentam as suas fragilidades – num caso, a idade, e no outro, a doença psicológica – e partilham os altos e baixos das suas vidas pessoais e profissionais. Carrie Fisher, que além de actriz era escritora e argumentista, era também uma conhecida lutadora pelo reconhecimento da doença mental. Diagnosticada com doença bipolar, Fisher sempre falou abertamente sobre a sua condição. O seu espectáculo Wishful Drinking, adaptado do livro do mesmo nome, mostrava um retrato realista de uma mulher em constante luta pela sua sanidade mental.

“Sempre quis mostrar a minha mãe fora dos palcos e dos ecrãs, porque ela é uma personagem incrível”, disse Carrie Fisher no Festival de Cinema de Telluride no ano passado. “Queria que alguém capturasse isso”. O desejo da actriz foi cumprido e o projecto concretizou-se com a ajuda de Todd Fisher. No trailer, este refere que a sua família “poderia ser demasiado impressionante para qualquer pessoa”, porque além da mãe e da irmã, também o pai Eddie Fisher era um cantor de renome. “Eram uma grande ferramenta de marketing”, nota, sobre a família que fazia parte da "realeza" de Hollywood.

Assim que entrou no circuito dos festivais, o filme de Fisher Stevens e Alex Bloom foi elogiado pela crítica. David Rooney, do The Hollywood Reporter, caracterizou o documentário como uma “homenagem ternurenta a duas mulheres icónicas cuja relação íntima é tão singular quanto a sua história em Hollywood”. A Variety afirma que Bright Lights “oferece uma espécie de desfecho bonito, alimentando o nosso fascínio por estas lendas da indústria da arte do espectáculo”. O jornal norte-americano The New York Times refere que o filme “é um retrato, não uma homenagem – mas à medida que avança, relembra-nos que todos os retratos são, de alguma forma, uma homenagem”.

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