Grupo Lena insiste que não subornou Sócrates

Empresa vai processar o Correia da Manhã.

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CEO da empresa nega subornos ao antigo primeiro-ministro Fernando Veludo/NFACTOS

"O Grupo Lena desenvolveu contactos, através de Carlos Santos Silva, de forma a procurar obter o apoio do poder político. O apoio fazia-se através de José Sócrates e eram realizados pagamentos para este último." Esta frase é atribuída nesta sexta-feira pelo jornal Correio da Manhã a Joaquim Paulo da Conceição, presidente-executivo (CEO) do Grupo Lena, num depoimento no DCIAP (Departamento Central de Investigação e Acção Penal), que constará do volume 75 da Operação Marquês. A confissão, no entanto, é desmentida "total e categoricamente” pelo Grupo Lena.

"As declarações atribuídas ao CEO do Grupo Lena, Joaquim Paulo da Conceição, pura e simplesmente nunca foram proferidas, nem em declarações no processo nem noutra qualquer situação, nem poderiam ser, uma vez que não correspondem ao seu pensamento nem ao conhecimento que tem do processo", diz um comunicado emitido nesta sexta-feira pelo Grupo Lena.

“Mentiras absurdas e inventadas não é jornalismo. É crime e têm de ser punidas”, disse em conferência de imprensa Joaquim Paulo da Conceição, citado pela Lusa. 

“Vamos pedir (o grupo Lena) para sermos ressarcidos dos danos causados”, acrescentou o presidente do grupo de Leiria, reforçando a ideia já anunciada no comunicado do grupo Lena, onde se lia que a empresa ja tinha pedido aos advogados "para ser intentada mais uma acção judicial contra o Correio da Manhã"

Na mesma nota, a empresa afirma que "o CEO do Grupo Lena não foi ouvido na qualidade de arguido, que não é, mas sim de testemunha". 

Também a defesa de José Sócrates defendeu em comunicado que "teve igualmente acesso a esta parte dos autos" onde consta, segundo a defesa do antigo primeiro-ministro, "exactamente o contrário".

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