Passos Coelho quer privatização da TAP concluída em Junho

Em resposta a críticas do PS, o primeiro-ministro afirma que o Governo está na posse de todos os seus poderes.

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Passos Coelho diz que os funcionários públicos não estão sujeitos a um esforço superior ao que lhes foi exigido de 2012 enric vives-rubio

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, espera que a decisão do Governo acerca do processo de privatização da companhia aérea TAP possa ser tomada durante o mês de Junho.

"Eu espero que a avaliação, agora, das propostas possa conduzir a uma decisão do Governo que ocorra ainda durante o mês de Junho. Eu espero que isto aconteça. Na sequência disso, será celebrado com certeza o contrato e seguir-se-á todo um processo que já é habitual e que demora o seu tempo, mas que não significa que não deva ser respeitado dentro de um Estado de direito como é o nosso", afirmou Passos Coelho aos jornalistas antes de um jantar da Associação Comercial do Porto no Palácio da Bolsa.

O primeiro-ministro respondeu também ao secretário-geral do Partido Socialista (PS), António Costa, lamentando "profundamente que o processo de privatização, que é conhecido, que está na lei, está decidido por órgãos que são legítimos, tenha sido perturbado" pela posição contra a privatização do PS.

"O PS está contra esta privatização e tem estado a anunciar a cada semana passa a intenção de reverter todas as medidas que o Governo foi tomando", afirmou o primeiro-ministro.

Pedro Passos Coelho sublinhou ainda que "o Governo está em funções" e na "posse de todos os seus poderes até às eleições", realçando que "não há nenhum regime que diminua os poderes do Governo até às eleições".

Adicionalmente, o primeiro-ministro recordou que a privatização da TAP "faz parte do programa do Governo, faz parte daquilo que ficou acordado com os credores externos" e só não foi por diante em 2012 por não ter estado garantida a "segurança que [o processo] devia exigir".

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