Metro de Lisboa e Carris regressam às greves em Maio

Protestos marcados para 12 e 14 de Maio são contra a subconcessão daquelas empresas de transporte público.

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No caso do Metro haverá ainda outra paralisação parcial na próxima terça-feira de manhã Ricardo Silva/Arquivo

O Metropolitano de Lisboa e a rodoviária Carris vão fazer greves de 24 horas contra a subconcessão das empresas a 12 e a 14 de Maio, respectivamente, revelaram fontes sindicais.

A 12 de Maio o Metropolitano de Lisboa pára 24 horas em protesto contra a subconcessão da empresa promovida pelo Governo, afirmou Anabela Carvalheira, da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans). Antes desta paralisação haverá outra, mas parcial, na próxima terça-feira entre as 6h30 e as 10h.

Também Paulo Gonçalves, da Comissão de Trabalhadores da Carris, confirmou que foi entregue um pré-aviso de greve de 24 horas para 14 de Maio, último dia para apresentação de propostas pelos interessados em concorrer à subconcessão da empresa. De acordo com o membro da Comissão de Trabalhadores da Carris, que já teve acesso ao caderno de encargos, de fora desta subconcessão ficam os eléctricos, os elevadores e os ascensores.

"O caderno de encargos é omisso em relação a esta matéria. Para já, pensamos nós que devem ficar no âmbito da Carris, que não vai desaparecer", disse, salientando o potencial turístico dos eléctricos e ascensores de Lisboa.

O secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Silva Monteiro, anunciou no final de Fevereiro que a subconcessão das operações do Metro de Lisboa e da Carris deverá estar concluída até ao final de Julho, apesar da contestação da oposição e da própria Câmara de Lisboa, que considera o processo "ilegal".

Há duas semanas foi divulgado um parecer do conselho consultivo da Procuradoria-Geral da República, pedido pelo Governo, que considera o Estado como o legítimo titular das concessões da Carris e do Metropolitano de Lisboa, contrariando o que é defendido pelo Partido Socialista e pela autarquia da capital. Os socialistas refutam o parecer alegando que este ignora a Lei das Autarquias Locais.

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