Greve da Carris com impacto reduzido de manhã

Pré-aviso para esta quarta-feira pretende contestar a intenção de privatização da empresa.

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Mais de 80% dos autocarros estavam a circular Mafalda Melo

A greve convocada pelos trabalhadores da Carris para esta quarta-feira está a ter pouco impacto durante o período da manhã, com a empresa a garantir 86% da oferta normal de autocarros. A mesma informação foi confirmada pela Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações.

“A Carris garantiu, às 7h30 de hoje, 86% da oferta de serviços, apesar da greve convocada por uma organização sindical, estando os serviços mínimos decretados pelo colégio arbitral a ser integralmente cumpridos. Dos 500 veículos programados para o serviço público circulavam 430 viaturas, o que representa 86% da oferta”, adianta em comunicado o conselho de administração da Transportes de Lisboa. Em termos de serviços mínimos só estão asseguradas duas carreiras: 703 (Charneca - Bairro de Santa Cruz) e 751 (Estação de Campolide - Linda-a-Velha).

A mesma nota destaca que na rede de ascensores e elevador de Santa Justa o serviço programado foi cumprido a 100%, com a administração da empresa a sublinhar o “sentido de responsabilidade dos colaborados da Carris, evidenciado no cumprimento do serviço e na garantia de qualidade do mesmo, que revela elevado respeito pelos clientes”.

Além disso, a empresa assegura que está a trabalhar nas “medidas necessárias que garantam a sustentabilidade e a qualidade do serviço de transporte que a empresa disponibiliza diariamente aos seus clientes”.

Também a Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans) confirmou que a circulação está a ser feita nesta quarta-feira “com normalidade”, apesar do pré-aviso de greve dos trabalhadores contra a intenção de privatização da empresa.

Manuel Leal, da Fectrans, adiantou à Lusa que os constrangimentos só deverão fazer-se sentir mais a meio da manhã, com alguns trabalhadores a recolher às 8h30 para irem à marcha que está marcada para as 10h no Cais do Sodré. O sindicalista acrescentou que a greve “pretende criar condições para que os trabalhadores possam participar na marcha contra a privatização das empresas”.

Também os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa, Transtejo e Soflusa vão realizar um plenário às 10h, junto ao Cais do Sodré. O encontro acontece depois de o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, ter anunciado em Fevereiro que a subconcessão das operações do Metro de Lisboa e da Carris deverá estar concluída até ao final de Julho. As duas empresas partilham a mesma administração desde o início do ano, agregando ainda a Transtejo/Soflusa que, contudo, ficam de fora da concessão.

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