Accionistas da Galp elegem novo presidente executivo

Carlos Gomes da Silva é o novo líder da petrolífera, substituindo no cargo Manuel Ferreira de Oliveira.

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Galp tem 10% do consórcio de exploração na bacia de Rovuma Paulo Ricca

Os accionistas da Galp elegeram hoje o novo presidente executivo da empresa, Carlos Gomes da Silva, em assembleia geral, substituindo o anterior Manuel Ferreira de Oliveira, que estava no cargo desde 2007. A assembleia geral, que durou cerca de uma hora, teve a presença do principal accionista e presidente da empresa, Américo Amorim, e votou favoravelmente os 15 pontos em discussão, entre os quais a alteração dos órgãos sociais para o mandato 2015-2018.

Na reunião magna foi aprovada ainda a aplicação dos resultados do exercício de 2014, em que serão pagos 208,7 milhões de euros em dividendos aos accionistas, transitando 54,5 milhões para o ano seguinte, correspondente a um dividendo de 0,35 euros por acção, "conforme política de remuneração accionista aprovada em Março de 2012, representando um crescimento de 20% relativamente ao dividendo anterior".

Além do novo presidente executivo, os accionistas da petrolífera elegeram três novos elementos para o conselho de administração. Foram eles Francisco Teixeira Rêgo, Pedro Carmona Ricardo e João da Câmara Pestana.

O encontro serviu também para aprovar a saída do ex-presidente executivo Manuel Ferreira de Oliveira e do ex-vice-presidente Luís Palha da Silva, bem como os administradores não-executivos Luís Campos e Cunha e Fernando Gomes.

A Galp Energia anunciou a 20 de Março a proposta do accionista principal, a Amorim Energia, para a nova administração da empresa para os próximos quatro anos. Américo Amorim afirmou, na altura, que pretendia propor a liderança da equipa executiva a Carlos Gomes da Silva, "que anteriormente exerceu várias funções directivas na Galp Energia e é seu administrador executivo desde 2008”, considerando-o um “profissional com profundo conhecimento da empresa e dos seus negócios".

O novo presidente da Galp Energia terá um orçamento anual entre os 1,2 e 1,4 mil milhões de euros para investir, sobretudo na exploração e produção de petróleo e gás natural no Brasil e em Moçambique.

Enquanto decorria a assembleia-geral, em Lisboa, os trabalhadores da Galp manifestavam-se junto da sede da empresa, anunciando a intenção de realizar greves porque a petrolífera se recusou a negociar salários.

Os trabalhadores, cerca de três dezenas, entregaram uma carta aos accionistas da Galp Energia anunciando que vão realizar plenários "para aprovação de greve a iniciar no próximo mês de maio", tendo como base o argumento de que a empresa, só nos últimos quatro anos, acumulou lucros de 1.294 milhões de euros e se recusa a negociar a actualização dos salários.

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