Faculdade de Economia da Nova vai ter novo director

Daniel Traça vai substituir José Ferreira Machado no cargo a partir de Março.

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José Ferreira Machado ocupava o cargo há dez anos Rui Gaudêncio

Após dez anos como director da Nova School of Business and Economics (anteriormente designada como Faculdade de Economia da Universidade Nova), José Ferreira Machado vai deixar o cargo, sendo substituído por Daniel Traça. A mudança irá ocorrer no final de Março, altura a partir da qual o actual vice-director e presidente executivo do conselho pedagógico irá assumir a liderança de uma das mais importantes faculdades de economia do país.

Com 47 anos, Daniel Traça licenciou-se na Nova em Economia, em 1990, e doutorou-se na Universidade de Columbia (Nova Iorque). Ex-investigador convidado do Banco de Portugal e antigo professor do Insead (França), Daniel Traça é actualmente administrador não executivo da Caixa Geral de Depósitos (CGD).

A passagem de testemunho acontece numa altura em que a Nova School of Business and Economics se está a internacionalizar para países como Angola e Moçambique e prepara o desenvolvimento do novo campus da faculdade, cujas primeiras obras estão previstas para o início deste ano.

Actualmente, a Nova está localizada no centro de Lisboa, perto da Praça de Espanha, mas a ideia é transferir-se para Carcavelos (concelho de Cascais) em 2017. A expansão da Nova e o novo campus são, assim, dois dos grandes desafios de Daniel Traça, incluindo aqui o financiamento das novas infra-estruturas de ensino.

No início de Setembro, a Nova apresentou publicamente o seu projecto estratégico, que implica o apoio de empresas privadas e dos antigos alunos (contabilizados em cerca de 12.000). A todo, o novo campus, entre obras e contratação de professores (há uma forte aposta na captação de alunos estrangeiros), está orçamentado em 50 milhões de euros e, na altura, faltava ainda metade deste valor.

A angariação de fundos, conforme já referiram os responsáveis da Nova, é fundamental, já que, não obstante ser uma faculdade do Estado, não haverá recurso a dinheiros públicos. Caso seja necessário, a ideia passa por pedir um empréstimo ao Banco Europeu de Investimento. Para já, a Nova conta com o apoio de diversos antigos alunos, do Santander Totta e do grupo Jerónimo Martins (além do maior accionista do grupo, Alexandre Soares dos Santos).

O complexo universitário que surgirá em Carcavelos terá capacidade para acolher 3350 utilizadores (incluindo 3100 alunos), com jardim, ligação ao mar, auditórios, anfiteatros, salas de aulas, biblioteca, áreas de estudo (24 horas por dia), restaurante e áreas desportivas. No total, o projecto ocupa 27 mil metros quadrados, num terreno de 84 mil metros quadrados. Da autoria dos arquitectos Vítor Carvalho Araújo e António Barreiros Ferreira, inclui ainda uma residência com 123 quartos para estudantes.

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