BPI oficializa o interesse na compra do Novo Banco

Banco liderado por Fernando Ulrich é a primeira entidade a entrar na corrida pelo Novo Banco.

Foto
O banco liderado por Fernando Ulrich cresceu 4,38% em bolsa esta terça-feira Foto: Ricardo Brito

O banco BPI oficializou esta terça-feira uma manifestação de interesse na compra do Novo Banco, que acolheu os activos saudáveis do antigo Banco Espírito Santo.

Através de comunicado colocado no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, o banco liderado por Fernando Ulrich informa que o conselho de administração, "tendo presente a divulgação dos termos de referência do procedimento relativo à alienação do Novo Banco, deliberou que o Banco BPI se apresente à primeira fase do processo, "entregando a correspondente Manifestação de Interesse".

O BPI torna-se, assim, na primeira entidade a manifestar a intenção de poder concorrer à compra do Novo Banco, processo que a entidade supervisora, o Banco de Portugal, gostaria de ver concluido no próximo ano, embora, oficialmente, o prazo possa estender-se até ao Verão de 2016.

Isto não significa, todavia, que o banco venha a formalizar uma proposta efectiva de compra, porque até que o vencedor seja escolhido há ainda mais fases a percorrer. A primeira, de manifestação de interesse, termina às 17 horas do último dia do ano, seguindo-se uma segunda em que serão apresentadas propostas não vinculativas. Segue-se uma terceira, aí já com a entrega de propostas vinculativas, que poderão ser objecto de negociação, e, posteriormente, a decisão do vencedor do concurso.

A manifestação de interesse do BPI foi enviada ao banco BNP Paribas, que foi escolhido pelo Banco de Portugal para assessorar o processo de alienação do Novo Banco. E vem assim confirmar declarações anteriores de Fernando Ulrich, que considerou que era obrigatório “analisar a oportunidade” surgida.

Se formalizar uma proposta vinculativa que seja escolhida como a melhor, o BPI, combinando a operação do Novo Banco, passará a liderar o mercado bancário privado em Portugal.

O Novo Banco resulta da cisão do antigo Banco Espírito Santo, quando o supervisor, face a perdas superiores a 3500 milhões de euros, decidiu intervir na instituição. O BES ficou com os activos tóxicos e o banco agora dirigido por Stock da Cunha recebeu os activos saudáveis.

Sugerir correcção
Ler 1 comentários