Défice agrícola face ao estrangeiro agravou-se em 39 milhões de euros no ano passado

INE revela um aumento da produção vegetal, enquanto na área dos produtos animais verifica-se um recuo.

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A produção de laranja teve um bom comportamento

Com as exportações a crescerem para 3500 milhões de euros e as importações a aumentarem para 7200 milhões, Portugal viu agravar-se em 39 milhões de euros o saldo das trocas comerciais de produtos agrícolas no ano passado, revelou nesta terça-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Melhor registo tem a floresta, com um aumento do saldo comercial com o estrangeiro de 140 milhões de euros face a 2012, para um total de 2500 milhões de euros.

No balanço da actividade agrícola em 2013, o INE refere que as exportações deram um salto de 11%, a que correspondem mais 343 milhões de euros, mas as compras ao estrangeiro registaram um aumento superior (382 milhões de euros), acabando por ditar um agravamento do saldo da balança comercial.

Os produtos que mais cresceram nas vendas ao estrangeiro foram as gorduras e óleos vegetais e animais. Já a carne e as miudezas acabaram por ser a rubrica que teve mais expressão nas compras ao estrangeiro. Espanha continua a ser o principal fornecedor de Portugal, tendo aumentado a posição para 47% do total das importações nacionais na área de produtos agrícolas e agro-alimentares.

No retrato que traça do sector em 2013, o INE afirma que se verificou um aumento da produção vegetal, com bons desempenhos nos cereais de Outono/Inverno, milho, batata, hortícolas, pera, maçã, laranja e azeite. Já na produção animal, verifica-se decréscimos, particularmente sensíveis na carne e leite.

O INE refere, também, que 2013 ficou marcado por um decréscimo generalizado de consumo de produtos da terra. O consumo médio de cereais caiu para 130 quilos (131 em 2012), o de carne recuou para 105 quilos (106) e o de leite decresceu para 80 litros (83). Mais expressiva foi a queda no consumo de vinho, de 47 litros para 40 – uma queda de cerca de 15%.
 

  



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