Rússia cria união económica com Cazaquistão e Bielorrússia

Fim das restrições à mobilidade dos bens, serviços, força de trabalho e capitais para tentar construir uma união que rivalize com os EUA, UE e China.

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Vladimir Putin com os seus homólogos do Cazaquistão e Bielorrússia MICHAEL KLIMENTYEV

Rússia, Cazaquistão e Bielorrússia vão passar a estar, a partir do início do próximo ano, unidos numa nova união económica que pretende rivalizar com os Estados Unidos, China e União Europeia.

O tratado que prevê a criação da mais vasta zona de comércio livre do Mundo em termos geográficos, foi assinado esta quinta-feira em Astana, no Cazaquistão, pelos presidentes dos três países. Vladimir Putin não poupou nas palavras para descrever a importância do momento: “O nosso encontro de hoje tem, sem exagero, um significado que define uma época”. O presidente do Cazaquistão, Nursultan Nazarbayev, descreveu o acordo como “uma ponte entre o Leste e o Oeste”.<_o3a_p>

A união passará pelo fim das restrições à mobilidade dos bens, serviços, força de trabalho e capitais. Haverá também um compromisso de coordenação das políticas económicas. Em 2010, os três países tinham já avançado para acordos para reduzir os obstáculos alfandegários.<_o3a_p>

O objectivo de Vladimir Putin com a criação desta união passa por tentar aumentar o poderio económico da região, recriando em larga medida as antigas fronteiras da União Soviética. A nova união vai juntar países com uma população total de cerca de 170 milhões e economias que têm como grande força actual o facto de serem produtores importantes de petróleo e gás. A soma do PIB dos três países é actualmente de 2,7 biliões de dólares, um valor que é cerca de seis vezes menor do que o da União Europeia. Outros países que eram antes repúblicas soviéticas estão ainda a ponderar se devem participar.<_o3a_p>

A recusa da Ucrânia em fazer parte da união, que se concretizou na sequência das alterações de liderança ocorridas em Fevereiro no país, constituiu um revés importante para o projecto.

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